•  segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes – Como o audiovisual pode contribuir para o combate

Mundo Sem Porteira – documentário traz luz ao debate e aponta caminhos

Na próxima segunda-feira (18), celebramos o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. No ano passado, as estatísticas já eram alarmantes:  a cada hora, pelo menos 4 crianças ou adolescentes eram vítimas de violência sexual no Brasil. O isolamento social, medida necessária para controlar a disseminação do novo coronavírus no país, apresenta um cenário de maior vulnerabilidade às crianças e adolescentes, vítimas desse tipo de violência.

Dados do UNICEF mostram que as taxas de abuso e exploração de crianças e adolescentes costumam crescer durante emergências de saúde públicas anteriores. A exemplo disso, o fechamento das escolas durante o surto do ebola na África Ocidental, de 2014 a 2016, contribuiu para picos de trabalho infantil, negligências, abuso sexual e gravidez na adolescência.

De acordo com levantamento feito pelo governo federal, crianças e adolescentes se apresentam como o quarto grupo com maior incidência de denúncias, atrás apenas de violência contra pessoas socialmente vulneráveis, pessoas com restrição de liberdade e idosos.

No nosso país, o abuso sexual contra a criança e o adolescente é um tipo de violação tradicionalmente subnotificada.

Embora sejam muitas as iniciativas de entidades no enfrentamento do problema, o tema ainda é pouco difundido, sobretudo, no campo da Educação.

Com o intuito de abrir mais diálogos sobre o assunto, estimulando o debate e apontando caminhos para a solução, a Umiharu – Produções Culturais e Cinematográficas, se debruçou sobre o tema e tem repercutido através do documentário Mundo Sem Porteira – Um alerta contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, optando por disponibilizar o material gratuitamente nos canais You TubeVimeo e VideoCamp, como forma de potencializar a disseminação do Filme e colaborar com a causa.

No ar há quase 1 ano, o documentário já é reconhecido internacionalmente, recebendo o Certificado de Excelência e de Melhor Fotografia no do 4º Indian World Film Festival, além de ser contemplado com a Menção Honrosa do Júri, no 8º Delhi Shorts International Film Festival, na Índia.

Além do documentário, a cineasta Gisela Arantes, diretora e roteirista do Filme, lançou o Guia para Debate, juntamente com a Childhood Brasil, organização social que contribuiu também prestando consultoria técnica ao Filme.

“Nós acreditamos na força de programas sociais e educativos no enfrentamento desse e de outros problemas de violência que o nosso país possui. Embora a internet também tenha responsabilidade em reforçar e disseminar muitas vezes o abuso e a exploração, por outro lado, sabemos que é o grande veículo de informação e enfrentamento desse problema, dialogando com todos os públicos, sobretudo os jovens. E nesse sentido, o mediador tem um papel fundamental. Por isso, optamos por elaborar e disponibilizar o Guia para Debate, como uma ferramenta complementar ao Filme, dando acesso a formadores de opinião, educadores e todos interessados”, explica a cineasta.

Ler Anterior

Odontologia Integrativa reúne novos conceitos com as Práticas Integrativas Complementares

Ler Próxima

Be bold! Em meio à crise, empresas ofertam novas ações na bolsa