Após o isolamento social devido à pandemia, dados levantados pela ONU divulgaram que o confinamento levou a aumentos das denúncias ou ligações para as autoridades por violência doméstica. Os índices alarmantes são vistos em todos os países.

A Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha, publicada em 7/8/2006, refere em seu texto diversas formas de violência que podem ser praticadas contra a mulher. Uma das formas é a violência psicológica, que também pode ser chamada de “agressão emocional”. Muitas mulheres são vítimas e não se dão conta que estão sofrendo danos emocionais. Danos esses que se tornam cicatrizes.

No texto da Lei Maria da Penha – Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, seu art. 7º, II, dispõe que são formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras, “a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação”.

Violência psicológica pode se caracterizar por atos de humilhação, desvalorização moral, chantagens e outras ações que abalam a auto-estima da mulher. Esse tipo de violência tem a probabilidade de desencadear diversos tipos de doenças psíquicas, tais como: depressão, transtorno de ansiedade, de pânico, estresse pós- traumático, entre outros.

Infelizmente ainda existe um tabu da sociedade com esse tema, mas é preciso dar importância para esse assunto. Mulheres que perceberem sinais de agressão emocional, procurem ajuda de um profissional.

Espero ter ajudado!

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Psicóloga Clínica

Daniela Batacline