Tudo o que você precisa saber a doença leishmaniose
O que é?
A Leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave, causada por um protozoário (Leishmania sp), que invade diversos órgãos dos animais, provocando severas lesões e podendo levar à morte.
Um grande problema dessa doença, é que por ser uma zoonose, pode ser transmitida também aos seres humanos.
FORMA DE TRANSMISSÃO
Pequenos, mas perigosos, os mosquitos podem causar muito desconforto e transmitir doenças aos nossosamigos de estimação, e membros da nossa familia.
Somente as fêmeas picam, sendo responsáveis pela transmissão de doenças.
Apesar de serem conhecidos como Mosquito Palha, Cangalinha, Birigui, Asa Branca ou Tatuquira dependendo da região, os Flebotomíneos são insetos diferentes dos mosquitos.
Uma característica marcante, é que eles pousam com as asas eretas para cima. Se reproduzem em solos úmidos com restos de folhas. Os adultos apresentam tendência de não se afastar de seus abrigos naturais. As fêmeas alimentam-se normalmente ao anoitecer.
A LEISHMANIOSE É TRANSMISSÍVEL AO HOMEM?
Sim. É uma zoonose, isto é, pode ser transmitida dos animais ao homem quando o inseto transmissor o picar também.
COMO OCORRE A TRANSMISSÃO?
A transmissão ocorre quando o mosquito-palha (flebotomíneo) pica animais infectados e posteriormente pica animais sadios.
ONDE VIVEM ESSES INSETOS TRANSMISSORES?
Os mosquitos-palha (flebotomíneos) vivem e depositam seus ovos preferencialmente em lugares úmidos, sombreados e na presença de material orgânico (folhas, frutas, raízes e fezes).
A DOENÇA OCORRE LOGO APÓS A PICADA?
– Não. O período entre a transmissão da doença e o aparecimento dos primeiros sinais pode variar de dias a anos.
QUAIS ANIMAIS PODEM SER RESERVATÓRIO DESSA DOENÇA?
O cão é considerado o principal reservatório, mas animais selvagens e outros animais domésticos também são infectados, dentre eles, os gatos, gambás, tamanduás, ratos e muitos outros animais silvestres.
QUAIS OS PRINCIPAIS SINAIS OBSERVADOS NOS ANIMAIS DOENTES?
Os principais sinais são:
– Perda de peso
– Falta de apetite
– Perda de pelo, principalmente ao redor dos olhos e ponta das orelhas
– Problemas renais
– Crescimento exagerado das unhas
– Feridas na pele
– Dificuldade de locomoção
– Lesões oculares
– Diarreia
– vomito
– Hemorragias
– anemia
– Nódulos pelo corpo
É importante saber, que o animal pode não necessariamente apresentar todos esses sinais, somente um deles, ou muitas vezes, eles podem ser assintomáticos. Animais assintomáticos não desenvolvem sintomas, mas são portadores da doença, ou seja, já estão contaminados e podem ser fonte de infecção para os mosquitos transmitirem a doença para outros animais e membros da família.
Atenção
Mais de 50% dos cães infectados não apresentam sintomas, porém são transmissores da doença.
Nos cães, a Leishmaniose visceral pode ser fatal ou deixar graves sequelas.
A Leishmaniose está presente em mais de 70 países do mundo com cerca de 500.000 novos casos em seres humanos por ano.
COMO POSSO SABER SE MEU CÃO É PORTADOR DA DOENÇA?
Existem alguns exames, que podem diagnosticar se o seu animal é portador da doença. E somente o Médico Veterinário saberá determinar qual exame é o mais indicado para o seu caso.
TRATAMENTO E CURA
Não existe cura, porém, o tratamento ajuda a controlar os sintomas e diminuir o risco de transmissão.
É importante ainda saber, que será necessário tratá-lo para o resto da vida, pois pode haver recaídas, e os sintomas voltarem a aparecer, precisando assim, de cuidados e controle constante com exames de diagnóstico.
COMO PREVENIR?
– Vacinação
Vacinar seu cão anualmente com vacinas específicas para a doença.
– Uso de coleiras com inseticidas
coleiras repelentes podem reduzir o risco de Doenças Transmitidas por Vetores, inclusive da Leishmaniose; devem ser apropriadas para a prevenção dos vetores e aprovadas pelo ministério da saúde. A coleira , podem ter eficácia superior a 93% na prevenção da Leishmaniose canina
– Repelentes tópicos ou ambientes
Algumas marcas protejem seu melhor amigo desde cedo. Podendo ser usada em filhotes (cães a partir de 7 semanas e gatos a partir de 10 semanas)
Embora o uso de inseticidas e repelentes nos animais seja a forma mais comprovada de
prevenção, outras medidas devem ser adotadas:
– Limpeza do quintal
Manter o abrigo dos animais, a casa e o quintal sempre limpos, livre de fezes, acúmulo de alimentos e folhagens, ou seja, livre dos criatórios de insetos;
Evitar o acúmulo e embalar o lixo corretamente para evitar a proliferação dos mosquitospalha;
Podar as árvores e manter a grama podada para evitar a formação de matéria orgânica em decomposição
No ambiente, utilizar spray repelente ou inseticida e cultivar plantas que tenham essa ação, como o óleo de Neem;
– Telas de proteção na casa
Colocar telas de malha fina nas janelas e portas das casas;
Evitar passear com os animais após o entardecer, pois é o momento de maior atividade do inseto que transmite a doença;
CURIOSIDADES SOBRE OS TRANSMISSORES
- Existem mais de 600 flebótomos diferentes;
- O tamanho do flebotomíneo é de 5mm;
- Estudos demonstram que insetos podem se deslocar de 1 a 5km.
Fonte: Animalis – Centro Veterinário.
Informações:
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