Pandemia traz alerta para a doação de sangue
Coleta é segura e pode salvar até quatro vidas
No dia 14 de junho comemoramos o Dia Mundial da Doação de Sangue. Esse gesto de solidariedade é, ainda, praticado por uma pequena parte dos brasileiros que reduz ainda mais por fatores diversos, como inverno ou período de férias. A pandemia de coronavírus deixou esse cenário ainda mais problemático e diversos hemocentros estão operando com a capacidade bastante reduzida.
Segundo dados do Ministério da Saúde, apenas 1,6% dos brasileiros têm o hábito de doar de forma contínua. Índice, por exemplo, bem abaixo dos 3% indicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), o afastamento social imposto pelo cenário atual trouxe consigo o receio da população em manter as doações voluntárias, impactando de forma significativa nos procedimentos médicos.
“É compreensível que haja, neste momento, o medo de algumas pessoas em fazer doação. Porém, a solidariedade precisa também do nosso esforço. Nos hemonúcleos, a coleta de sangue é realizada com agendamento e com a máxima segurança. Isso evita a aglomeração e, consequentemente, os riscos de contágio da covid-19. Sabemos que nas emergências e nas cirurgias, o sangue doado é fundamental para a salvar até quatro vidas”, explica o médico Francisco Simi, cirurgião vascular.
A Fundação Pró-Sangue, que gerencia os hemocentros no Estado de São Paulo, opera com 75% dos tipos de sangue em nível crítico. Os dados são atualizados diariamente de acordo com as doações realizadas.
Segurança
A doação de sangue é segura, não há riscos para quem doa e nem para quem recebe. A quantidade de sangue retirada também não afeta o organismo do doador. Além disso, todos os doadores passam por uma entrevista técnica para ampliar os níveis de segurança e o material coletado é, ainda, testado para diversas doenças.
Quem doa
O Ministério da Saúde estabelece, no geral, que pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos. O doador deve estar livre de doenças infecciosas.
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