•  sábado, 23 de novembro de 2024

Pancadas na cabeça: como identificar os sinais de lesões mais graves e o que fazer

O Dr. Felipe Saad, médico neurocirurgião do Hospital Albert Sabin, explica o que pode ocorrer com o cérebro e como se deve agir após um forte impacto na cabeça.

Obviamente que bater a cabeça nunca é bom. Entretanto, existem sinais, os chamados “alarmes” que, quando presentes, obrigam o paciente a procurar assistência médica. Perda de consciência, perda de memória, confusão mental, sonolência excessiva, vômitos, dor de cabeça que não melhora com analgésicos ou que recorre ao longo dos dias, perda de força, alteração visual e crise convulsiva são alguns deles.
“O maior risco é a formação de hematomas intracranianos, que podem ser de evolução muito rápida com sintomas imediatos, ou de evolução lenta, com sintomas nos dias subsequentes”, explica o Dr. Felipe Saad, médico neurocirurgião do Hospital Albert Sabin  (HAS).
Nesses casos de maior gravidade, ou seja, quando o paciente é conduzido ao pronto atendimento, o médico garantirá, em primeiro lugar, que a vítima de traumatismo respire bem. Em seguida que tenha bom funcionamento cardiovascular e, na sequência, avaliação neurológica. Os exames serão averiguados por especialistas das partes do corpo afetadas. No caso de traumatismo isolado na cabeça, realiza-se tomografia computadorizada de crânio e essa deverá ser minunciosamente analisada por um neurologista.
Para qualquer vítima de traumatismo de alta energia, como, por exemplo, uma queda de altura, deve-se em primeiro lugar chamar o atendimento de emergência. Esse serviço responde pelo telefone 193 na maioria das cidades brasileiras. “Se não tiver treinamento para atendimento de vítimas em urgência, não se deve mexer e tentar evitar que ela se mova até que o socorro chegue. Proteger o local para evitar novos acidentes é extremamente importante”, adverte o médico.
Popularmente, diz-se que o indivíduo que sofre uma forte pancada na cabeça não deve dormir. O Dr. Felipe explica que não é bem assim, ou seja, o sono não acarretará maiores danos na condição do paciente. “Criança pequena não deve dormir pois tem uma capacidade de explicar o que sente mais limitada que um adulto, logo não poderá descrever o que está passando e será difícil saber se a sonolência é devida ao traumatismo ou pelo simples fato de estar com sono. No mais, o rápido socorro é extremamente significativo em qualquer caso de trauma grave e, principalmente, no de cabeça. Quanto mais rápido chegar a ajuda, maiores são as chances do acidentado”, complementa o Dr. Saad.

 

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