Hospitalar 2020 – Como a telemedicina pode ajudar o Brasil no combate a epidemias como Coronavirus e à sobrecarga do sistema de saúde?
Como a telemedicina pode ajudar o Brasil no combate a epidemias como Coronavirus e à sobrecarga do sistema de saúde?
Uma das recomendações de prevenção ao Coronavírus inclui a manutenção de distância de pelo menos 1 metro entre as pessoas, para evitar o contato com secreções corporais, incluindo gotículas de saliva, espirros e tosses. Daí a recomendação de evitar aglomerações.Nesse sentido a telemedicina pode operar um fator crucial no impedimento de outra forma bastante frequente de contagio, que é a presença de pessoas em ambientes altamente contaminados, como hospitais e centros de saúde.
A telemedicina já tem sido empregada em diversos países como etapa eficaz de triagem entre quem de fato deve procurar o atendimento médico presencial e quem, apesar de alguns sintomas parecidos, não têm de fato o vírus, evitando assim não só mais propagação como a sobrecarga no sistema de saúde.
Durante a Hospitalar 2020, que ocorrerá no segundo semestre , em São Paulo, se realizará o HIMSS@Hospitalar Forum, congresso que apresentará como a Inglaterra tem lidado com o vírus através da telemedicina em apresentação da Babylon Health, A conferência “NHS: AI powered TeleHealth for Primary Care guiding Digital Integrated Care Model”, ministrada por Eric Benazech, Director Internacional da Babylon Health, uma das empresas mais avançadas da Europa em Telehealth, vai mostrar como a iniciativa privada e pública podem se unir na consulta on-line.
Na Inglaterra eles tem uma base de mais de 40 mil clientes, e já expandiram suas operações para o Canadá, China e Ruanda. Só no país africano já realizaram mais de 1 milhão de consultas digitais em um único país africano – Ruanda.
Alguns outros exemplos do emprego da telemedicina, ou teleconsulta, tem sido usada por outros países no combate ao vírus, e que podem servir de exemplo ao Brasil:
– Na China, A Baidu Inc., provedora de uma plataforma de consulta médica on-line, denominada Wenyisheng (“Pergunte ao Doutor”), atende hoje a cerca de 850 mil consultas gratuitas diariamente. Dessas, 400 mil estão relacionadas as dificuldades de respiração dos indivíduos, sendo esse número 40 vezes maior do registrado no ano anterior. Outra provedora de serviços médicos on-line, a Alibaba Health, excedeu 100 mil consultas diárias a partir de 29 de janeiro, sendo que alguns de seus médicos estavam fornecendo mais de 200 consultas por dia (quick guidance consultation).
– No Canadá, por exemplo, as autoridades estão aconselhando o paciente com desconfiança de COVID-19 a primeiro acionar uma linha direta de cuidados remotos, chamada Telehealth Ontario, antes de se deslocar para qualquer unidade de saúde.
– Quando o navio de turismo Diamond Princess ficou retido no Japão por causa do vírus, Israel colocou três fornecedores de telehealth monitorando os israelenses a bordo, em tempo real e por meio de comunicação médica remota.