Butantan pede apoio a parlamentares a fim de obter recursos para vacina chinesa
A direção do Instituto Butantan se reuniu nesta terça-feira (25) com um grupo de parlamentares para tratar do apoio a uma possível liberação de verbas do governo federal, para ampliar sua capacidade de produção de vacinas.
De acordo com o deputado Dr. Luz (PP-RJ), presidente da Comissão Externa de enfrentamento à Covid-19, mais de dez parlamentares participaram do encontro sobre as demandas do instituto.
“Nós fomos até a Fiocruz. A nossa comissão ouviu os principais laboratórios, entendeu a demanda e levou ao governo federal. Da mesma forma será feito aqui”, disse o deputado, enfatizando também que não há concorrência entre Butantan e Fiocruz, que produzirá a vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford.
O Instituto espera conseguir o auxílio financeiro de Brasília para reformar uma fábrica e ampliar a capacidade de produção da Coronavac, vacina contra a Covid-19 produzida em parceria com a chinesa Sinovac Biotech.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, é quem negocia a liberação do valor pelo governo de São Paulo.
Após visita do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, Dimas Covas seguirá para Brasília na quarta-feira (26), a fim de tratar do assunto, pessoalmente, com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello.
“Todas as manifestações do Ministério são neste sentido [de apoio à vacina chinesa]. Se a vacina estiver disponível, será incorporada. Isso foi dito em várias oportunidades”, disse Covas referindo-se ao sinal de boa vontade do governo em apoiar a produção da vacina.
Na semana passada, o Butantan já havia enviado dois ofícios ao ministérios solicitando R$ 85 milhões para estudos clínicos e R$ 60 milhões para pequenas reformas e aquisição de equipamentos para a fábrica que produzirá as doses da Coronavac.
A fábrica pode começar a funcionar no próximo ano com capacidade de produzir até 120 milhões de doses do imunizante.
Na Câmara dos Deputados, três emendas protocoladas junto à Secretaria-Geral da Mesa pedem a inclusão do Instituto Butantan na medida provisória que destina quase R$ 2 bilhões a produção da vacina de Oxford.
(CNN Brasil)