Primeiro fim de semana de Operação Noites Frias realiza cerca de 100 abordagens em Jundiaí
Nos primeiros dias da Operação Noites Frias deste ano no Município, as taxas de aceite para abrigamento entre as pessoas abordadas pelas equipes da Prefeitura ficou na casa de pouco menos de 30%. Com atuação nas noites dessa quinta (07), sexta (08) e sábado (09), quando os termômetros marcaram números inferiores aos 13°C estabelecidos para que a Operação seja realizada, 95 pessoas em situação de rua foram abordadas e somente 26 aceitaram abrigamento.
Para a diretora do Departamento de Proteção Social Especial da Unidade de Gestão de Assistência e Desenvolvimento Social (UGADS), Ariane Goim Rios, números são bons. “Se considerarmos a complexidade para o estabelecimento de vínculo com esse público, os números são bons, mas trabalhamos para ampliá-lo, considerando também a oferta do auxílio emergencial pelo Governo Federal, que é um outro indicador neste período”.
As abordagens são realizadas pelas equipes do Centro Pop e do Serviço Especializado de Abordagem Social (SEAS), serviço contratado pela Prefeitura e prestado pelo SOS. Já as pessoas abrigadas são encaminhadas para o abrigo emergencial montado no Complexo Esportivo Jardim Ângela (vila Esperança) ou para o SOS, onde a Prefeitura também compra vagas de abrigamento na modalidade casa de passagem. Este ano, a Operação leva em conta ainda os levantamentos de distanciamento seguro, a fim de evitar aglomerações e combater a propagação do Coronavírus.
Para os acolhidos, além de pernoite, são ofertados kit de higiene e de roupas e alimentação. Já para os que recusaram abrigo, são entregues cobertores, meias e máscaras. A equipe técnica compila, ainda, um formulário com todas as abordagens, a fim de mapear as concentrações de pessoas e orientar os trabalhos das noites futuras.
“De acordo com a previsão do tempo, a Operação estará de volta esta noite e possivelmente no final da semana, quando as temperaturas devem tornar a cair. Realizamos a organização de acolhidos entre as mais de cem vagas que a Prefeitura compra em Organizações da Sociedade Civil (OSC) para abrigamento, de modo a agrupar acolhidos a mais tempo num local e novos abrigados no complexo esportivo e casa de passagem, evitando o contato entre aqueles com mais tempo acolhidos e aqueles com perfil maior de circulação”, explica Ariane.
Até esta segunda-feira (11), 30 pessoas encontravam-se abrigadas no complexo esportivo, mas três deles pediram desligamento do serviço.
A porta de entrada para o atendimento à população em situação de rua e encaminhamento para os outros serviços da rede socioassistencial é o Centro Pop, que fica na rua Marechal Deodoro da Fonseca, 504, Centro. Sempre que alguém identificar uma pessoa pode orientá-la a buscar esse atendimento ou acionar ainda o serviço especializado de abordagem social pelo telefone (11) 98531-0146. Já em casos de identificada intoxicação ou ocorrências mais graves, o SAMU poderá ser acionado pelo telefone 192.