•  quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Luiz Fernando lembrou que Jundiaí sai na frente com esse termo que será de execução, não apenas de intenção

Município de Jundiaí prepara termo de compromisso para enfrentamento da crise climática, em alinhamento à COP26

Gestores públicos do município de Jundiaí, sob a coordenação do prefeito Luiz Fernando Machado, realizaram  reunião para discutir e elaborar  um Termo Intragovernamental de Compromisso pelo Enfrentamento à Crise Climática no Município, que tem por objetivo alinhar ações e estratégias – já existentes ou em planejamento, para a adaptação e mitigação dos efeitos da mudança climática. A reunião ocorreu no mesmo dia da discussão do papel das cidades e regiões na 26ª Conferência das Nações Unidas Sobre o Clima (COP26), em Glasgow, na Escócia.

“Esse termo, em Jundiaí, não será de intenção, mas de execução”, observou o prefeito Luiz Fernando, presente à reunião. “Saímos na frente com outros planos ambiciosos e agora não será diferente. Já estamos colocando em prática ações para mitigar a crise ambiental, como o proteção de áreas como a Serra do Japi, como a nossa represa de abastecimento, troca da iluminação pública por LED e a implantação do PSA (Pagamento por Serviços Ambientais), que paga o produtor rural pela proteção de áreas verdes e suas nascentes e traz mais qualidade de vida para toda nossa cidade. Todas essas ações se ajustam às medidas que estão sendo debatidas na COP26.”

Jundiaí foi inscrita no portal de Ações Climáticas lançado na COP26. Assim, a cidade passa a estar disponível em um mapa no qual é possível observar dois compromissos padrões: “Atingir emissões líquidas de carbono zero até 2050” e “Reduzir as emissões pela metade até 2030”. O termo intragovernamental busca justamente definir ações para atingir esses compromissos.

O gestor José Antonio Parimoschi, que coordena as ações do governo municipal, lembrou de assuntos urgentes discutidos e metas traçadas pelas autoridades presentes na COP26. “Metas como a diminuição da temperatura, eliminação de veículos movidos a combustíveis fósseis, redução da emissão de gás metano, instituição de um mercado de carbono, entre outras, são fundamentais e afetam diretamente a vida nas cidades. Em 2030, o mundo todo vai olhar para os indicadores  e metas dos ODSs (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável), da ONU, as quais Jundiaí está em pleno alinhamento com seu planejamento local (PPA)”, declarou. “E não é só olhar para o futuro, mas também para o presente, para ações que mudem nosso cenário atual. Nesse sentido, Jundiaí elaborou, em parceria com a Siemens, o Relatório de Sustentabilidade da cidade, ainda em 2018, com metas de redução dos gases efeito estufa emitidos no município. Agora, estamos construindo, sob a coordenação da Defesa Civil, um plano de ação para sermos uma cidade resiliente, com o objetivo de mitigar e prevenir efeitos da crise climática como queimadas e inundações.”

Scarabello Filho citou a necessidade de se preparar para os impactos da crise climática e para tentar reverter o cenário

O gestor de Planejamento e Meio Ambiente, Sinésio Scarabello Filho, abordou justamente esses danos. “Cientistas têm apontado há décadas os impactos da crise climática e hoje nós estamos vendo isso claramente. Por isso, temos que nos preparar para esses impactos, como períodos mais longos de estiagem e possíveis inundações em época de chuvas mais fortes, só para ficar em dois exemplos. Devemos assumir compromissos para a política pública ambiental. E, como cidadãos, contribuir para melhorar esse quadro a partir da mudança de nosso comportamento.”

“Seria mais fácil para um gestor municipal simplesmente ignorar a questão, dizendo que se tratam de decisões de líderes globais na COP26 e que, por isso, estão distantes de nós. Ao trazer essa discussão para dentro de nossa cidade, a gestão Luiz Fernando Machado mostra coragem para encarar os problemas de frente”, declarou o gestor de Inovação e Relação com o Cidadão, Thiago Maia.

A reunião de gestores trouxe exemplos de ações e possíveis trabalhos futuros para diferentes áreas, como mobilidade urbana, habitação, defesa civil, desenvolvimento econômico, agricultura, abastecimento e agronegócio, além de abordar temas como o desperdício de água, a coleta de diferentes tipos de resíduos e a participação da iniciativa privada em todas essas ações e a importância da educação ambiental na construção deste processo. Os apontamentos contribuirão para a construção do termo intragovernamental, que deve ser divulgado daqui a trinta dias.

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