Meio Ambiente: pandemia ensina as pessoas que mudanças devem começar por elas mesmas em Jundiaí
Esta sexta-feira, 5 de junho, marca a comemoração do Dia Internacional do Meio Ambiente, que foi instituído em 1972 durante a realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano. Na ocasião, a preocupação girava em torno da relação entre o desenvolvimento econômico da humanidade e a fragilidade da natureza, ou ao consumo dos recursos naturais, sobretudo dos não renováveis.
Segundo o gestor da Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) de Jundiaí, Sinésio Scarabello Filho, o isolamento ‘forçado’ pela pandemia do Novo Coronavírus dá oportunidade às pessoas de irem além do simples aprendizado, mostrando que as mudanças que elas querem, dos governos, das instituições e das organizações em geral, devem começar, necessariamente, por elas mesmas. “Estas mudanças se iniciam no comportamento de cada um. É o isolamento que propicia a reflexão e a percepção de que o novo comportamento tem como pré-requisito a revisão dos nossos valores. Está aí uma atitude digna da data”, disse o gestor.
Ainda segundo ele, tem sido comum a comemoração do Dia internacional do Meio Ambiente com a realização de eventos virtuais, o que demonstra, de um lado o valor da natureza que deve ser preservada e, de outro, os danos que os seres humanos têm causado ao planeta e a necessidade de adoção de práticas sustentáveis. “A tecnologia nos tem ajudado a contornar o isolamento imposto pelo vírus. Em geral esses eventos nos unem, pois trazem relatos, informações e dados com os quais estamos todos de acordo. Com eles aprendemos, reiteradas vezes, o que devemos fazer, mas muitas vezes não o fazemos”, destacou Sinésio.
Os sinais e as advertências dos cientistas não têm sido suficientes para promover as mudanças necessárias, de objetivos e de comportamento, dos governos de forma geral, das sociedades e dos indivíduos no mundo todo. “Neste momento, está exposta a procedência dos alertas feitos pelos cientistas nas duas últimas décadas. A experiência imposta pela Covid-19 demonstra a fragilidade da espécie humana, apesar de toda a tecnologia. Nossa fragilidade decorre dos nossos valores predominantes e da dificuldade para substituí-los e, então, mudarmos nosso comportamento, com implicações em todas as áreas da atividade humana”, observou Sinésio.
Qualidade de vida
Nestes quase três anos e meio de trabalho, a Unidade de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente de Jundiaí, de acordo com as diretrizes do plano de governo do prefeito Luiz Fernando Machado, tem se empenhado na manutenção da qualidade de vida no município e no desenvolvimento de ações de proteção e conservação dos recursos e atributos naturais da cidade.
Entre as iniciativas da atual gestão, destacam-se a instituição do pagamento por serviços ambientais nas propriedades em áreas de mananciais; a elaboração dos planos municipais de saneamento e de recursos hídricos pela DAE S/A; a criação de normas para promover a regularização de atividades de comercialização de produtos artesanais associadas ao turismo rural; a revisão do Plano Diretor, concluída em 2019; a recuperação de praças e urbanização de áreas públicas; a implantação de novos trechos de ciclovias; a construção do Parque da Criança pela DAE; e o desenvolvimento do concurso de requalificação do Vale do Rio Jundiaí, projetando ações de longo prazo ao longo de mais de 25 km do curso d’água do rio.
“A preservação da Serra do Japi tem sido garantida ao longo do tempo pelas ações da população local e da prefeitura. O apreço dos munícipes pelo território tem sido fundamental para a preservação da serra”, completou Sinésio.