Grupo terapêutico aposta em atividades simples para alívio das dores crônicas em Jundiaí
Atividades rotineiras como subir escadas ou algum afazer doméstico são situações que para pessoas com dores crônicas derivadas de diversas doenças são limitantes e interferem na qualidade de vida do indivíduo. A Prefeitura de Jundiaí, por meio do Grupo Terapêutico da Dor Crônica – realizado no Centro de Convivência, Cultura, Trabalho e Geração de Renda (CECCO) -, tem oferecido a reabilitação de 80% dos usuários participantes do ciclo de encontros gratuitos, que incluem exercícios físicos, fitoterapia, auriculoterapia além de palestras específicas sobre o assunto. Para o próximo ano, a previsão é oferecer mais turmas específicas, que terão as inscrições anunciadas com antecedência.
Rosemary Baroni Stocco, 58 anos, sofre com dores crônicas há mais de 20 anos. “Sempre fiz tratamentos em convênios médicos, mas nunca se chegou a um diagnóstico sobre a origem das dores. Recebi a indicação para buscar o grupo aqui do CECCO, que é gratuito. Fiz a inscrição, fui chamada e posso dizer que a participação mudou a minha vida. Nunca mais tive crises. Estou muito satisfeita e já indiquei vários amigos para buscarem o serviço”, conta a moradora na Vila Arens.
Da região do Centro, usuário da UBS Central, o casal Jaime Santana Pinto, 67 anos e Eliana Silveira, 66 anos, se inscreveram para participar do Grupo Terapêutico da Dor Crônica em busca de alívios para problemas de artrose e até, infecção urinária recorrente. “Os exercícios que são explicados aqui são possíveis de serem reproduzidos em casa e me ajudaram muito a melhorar as dor lombar e a artrose no joelho direito. O exercício com o auxílio de borrachas eu repliquei em casa com câmeras de pneu de bicicleta”, conta o aposentado. Já a companheira, que chegou ao espaço a convite do Jaime, buscava a solução para as infecções urinárias, além das dores no corpo. “Aqui, além da explicação teórica, temos a prática, com atividades físicas, fitoterapia e a auriculoterapia, que me ajudou muito”, comenta.
A diarista Terezinha Francisco, 57 anos, moradora no Engordadouro, ficava limitada no trabalho durante as crises do nervo ciático. “Meu lado direito era comprometido. Cheguei aqui mancando. Estou no meio do ciclo do Grupo e já não tenho as dores incapacitantes. Mas é preciso que as pessoas façam os exercícios em casa. Todo dia, acordo e a primeira coisa que faço são os e1ª Caminhada Vicentina, xercícios para o nervo ciático. Sou outra pessoa”, detalha.
Segundo o educador físico do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) e um dos responsáveis pelo desenvolvimento do Grupo do CECCO, Samuel Almeida, o modelo de grupo implementado desde o segundo semestre de 2017, garante resultados expressivos para a reabilitação dos usuários. “O Grupo trabalha de forma interdisciplinar, incluindo, além de atividades físicas específicas para as situações de dor, a inclusão das Práticas Integrativas Complementares (PICs), que amplificam os resultados. Conseguimos, em seis grupos já realizados ao longo desse período, a recuperação das habilidades mínimas em 80%, devolvendo a qualidade de vida das pessoas”, explica.
De acordo com dados do CECCO, somente no segundo semestre de 2019, serão realizados três Grupos Terapêuticos da Dor Crônica. O número representa acréscimo de 200% na oferta, já que no ano anterior, o mesmo período contou com um grupo. No próximo dia 31 de outubro, uma nova turma será iniciada, encerrando o ano. Para 2020 é esperada a ampliação de mais turmas, logo no primeiro semestre.