Dia D de Prevenção ao AVC tem palestras e caminhada em Cabreúva
Uma dor de cabeça intensa e, após uma noite de sono, uma sensação de estar sem controle do corpo, com dormência em alguns membros. Foi assim, há oito anos, que a moradora do Pinhal, Rosinha Santos, de 54 anos, se sentiu após um dia normal. Preocupada, foi ao médico e o descobriu que havia passado por um Acidente Vascular Cerebral, conhecido popularmente como AVC.
De lá para cá, ela mudou hábitos e a alimentação. Além disso, iniciou fisioterapia no Centro Especializado em Reabilitação (CER), espaço que abriu as portas nesta quarta-feira (30) para o Dia D de combate ao AVC, evento que lembrou o Dia Mundial de Combate ao AVC (29 de outubro).
Ao longo de todo o dia, o CER realizou uma vasta programação, que incluiu caminhada, roda de conversa, abordagem corporal e orientações sobre o assunto. O tema foi ‘Quando se trata de AVC, pense em prevenção – não deixe que seja você’. A intenção, segundo a fonoaudióloga e coordenadora do Centro Especializado em Reabilitação (CER), Ângela Regina Inforzato, é deixar clara a importância da mudança de hábitos e do cuidado no dia a dia. “O melhor é entender os riscos e conscientizar a população de que até 90% dos casos podem ser evitados.”
O secretário de Esportes, Norberto José da Silva, o Borracha, também conversou com os presentes, lembrando a importância da prática de atividades físicas.
DADOS – Só no CER, de janeiro de 2018 até outubro de 2019, passaram 51 casos de pessoas vítimas de AVC – 27 homens, de 37 a 91 anos; e 24 mulheres, de 33 a 88 anos. Entre as medidas para evitar o Acidente Vascular Cerebral, estão o controle da pressão arterial, exercícios físicos regulares, dieta saudável e balanceada, reduzir colesterol, manter peso adequado, parar de fumar, reduzir ingestão de bebida alcoólica, entre outros.
MAIS – Por ironia do destino, na família de Rosinha, citada no início da reportagem, está o marido dela, João Batista Alves, de 61 anos, que também sofreu um AVC há oito meses. “Eu senti uma dor de cabeça muito forte, como se fosse uma martelada, e depois os membros do lado direito paralisaram”, conta ele, que está em tratamento no CER.
O AVC pode, inclusive, mudar a vida de famílias inteiras. Como foi o caso da moradora do Jardim Paraíso, Renilda da Silva. O filho dela, que tem 37 anos, abusava de álcool, das drogas e tinha a pressão alta. A mistura mais que perigosa resultou no AVC. “Ele não tinha problemas de saúde e do nada perdeu a fala e movimentos. Agora é passo por passo em busca da recuperação.”
MAIS – As ações de prevenção seguem orientações do projeto da campanha nacional Da Rede Brasil AVC. Em 2018, a campanha foi incluída oficialmente no calendário de eventos da Prefeitura de Cabreúva. Entre os parceiros da programação estão equipe CER, Guarda Municipal, vereadora Paula Santos, nutricionista do Melhor em Casa Joseane, Safra Ville Maranhão, Maria do Carmo Ferreira Julio, Sonda, Olaria do Tuca, Poeira Auto Peças, JBM Usinagem (Buiu), Luciana Benassi, Secretaria de Esportes e Rede AVC Brasil.