Automóveis brasileiros deverão ter 50% das peças importadas
Hoje os automóveis fabricados no Brasil têm 35% das peças importadas; em 2012 as peças importadas não passavam de 20%.
De 2012 até 2018 ocorreu um aumento de 75% das peças importadas, o que elevou de 20% para 35%.
Com as novas exigências dos itens de segurança obrigatórios, em 2020 as importações poderão chegar a 50%.
A maior parte dos componentes é de alta tecnologia, como sensores e câmeras que não têm produção nacional.
O Brasil perdeu os grandes investimentos em tecnologia eletrônica, que começaram há 10 anos na Europa, EUA e China.
Como as empresas de autopeças que atuam no Brasil são na sua maioria multinacionais, elas irão importar muitos componentes de suas subsidiárias.
As empresas que se anteciparem à Agenda de 2030 terão benefícios fiscais extras, com a produção destes componentes no Brasil.
O que gerou o aumento das importações nos últimos anos foi a mudança de mix de produtos voltados às legislação de segurança, que obrigaram os fabricantes de automóveis a instalar itens de segurança e eficiência energética, além da instabilidade econômica no Brasil, que acabou afugentando os investimentos nestas tecnologias.
Enquanto o Brasil continuar com a instabilidade econômica e não rever rapidamente a carga tributária, as importações continuarão se justificando, causando com isto, queda da arrecadação e desemprego.
A equipe econômica tem que colocar em pauta a revisão da carga tributária para todos os segmentos (sem seletividade), ou irá amargar a queda de arrecadação e a transferência da produção para outros países como a China e o nosso vizinho, o Paraguai.