•  sábado, 23 de novembro de 2024

As relações entre EUA e Irã nem sempre foram de hostilidade

 

As relações entre EUA e Irã nem sempre foram de hostilidade, haja vista o período no qual o Xá Mohammad Reza Pahlavi governou o Irã, de 1941 até 1979, quando foi deposto pela Revolução teocrática iraniana.

É certo que sua chegada ao poder se deu por meio de um golpe de estado com apoio dos EUA, fato que desencadeou o início do antiamericanismo no país. Ocorre que em 1953 o primeiro-ministro Mohamed Mossadeq, havia nacionalizado a indústria petroleira do país, agradando o povo iraniano. Mas com o golpe as indústrias estrangeiras retornaram.

De 1979, com a Revolução Islâmica, até hoje, a relação entre os países é repleta de sobressaltos. Nesse período, o aiatolá Khomeini denominava os EUA como o grande satã, o que dá uma ideia da inimizade.

Desde então, de Jimmy Carter até Trump, o Irã vem sofrendo uma série de embargos econômicos, e nos últimos anos foram intensificados, sufocando o regime teocrata.

O regime está pressionado e aniquila protestos e oposição. O PIB caiu pela metade.

Por outro lado, o Irã testa limites. O país está por trás dos ataques recentes a alvos americanos no Iraque e campos de petróleo na Arábia Saudita.

Ninguém é santo. Os EUA terceirizam a guerra e não respeitam nem reconhecem o direito internacional. O Irã acoberta ações por meio de grupos terroristas.

O Irã precisa de um inimigo e os EUA ainda são o adversário ideal. Por isso o Irã tem acossado Trump que já havia avisado que reagiria. Trump arriscou e só o tempo dará a resposta de seu ato.

Trump também está na berlinda. Em que pese a boa economia sua política externa no Oriente Médio e Venezuela não andou bem.

O assassinato do General Qasem Soleimani e demais membros de sua comitiva deixarão o Oriente Médio mais instável do que o habitual.

Na sequência teremos certamente ataques de grupos extremistas a pontos já esperados como Israel, Arábia Saudita, dentre outros.

Não se descartam ataques terroristas aleatórios, mesmo nos EUA.

Porém, não se espere guerra convencional. O que as partes desejam é um contraponto que sirva aos seus interesses políticos.

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