Para aula prática de Libras, alunos fizeram visita a supermercado em Itupeva
Os alunos do curso gratuito de Libras – Língua Brasileira de Sinais, oferecido pela Câmara Municipal por meio da Escola do Legislativo, tiveram uma aula especial nesta quarta-feira (9), com uma visita ao Supermercado Monte Serrat, no bairro Ana Luíza, para uma atividade prática.
As duas turmas de alunos, da manhã e da tarde, acompanharam a professora Sandra Batistela na visita para conhecerem nomes de produtos e vivenciarem uma experiência prática, além de orientações de como é possível auxiliar surdos em locais públicos.
“Muitas vezes os surdos acabam pagando um valor mais alto, acabam se enganando ou não encontrando os produtos que precisam, por conta da dificuldade na comunicação. Por isso é sempre importante que, não só os estabelecimentos como qualquer pessoa que possa oferecer ajuda, estejam atentos às necessidades dos deficientes”, explicou Sandra.
A presidente da Câmara, vereadora Tatiana Salles, fez questão de acompanhar a visita e elogiar a evolução dos alunos. “Fico muito feliz de ver que cada um deles já é um multiplicador de Libras e desempenha papel importante na inclusão”.
Os grupos foram recebidos pelas assistentes de RH Aline Simonete e Jaira França, que acompanharam a atividade e parabenizaram a ação.
O aluno Diony Nunes dos Santos classificou a atividade como ”um momento de grande experiência, onde foi possível ver a dificuldade que o surdo passa com a falta de comunicação”.
Janaína Cristiane Guimarães disse que, literalmente, “ficou sem palavras” e que a experiência foi gratificante: “A gente aprendeu muito, não só em Libras, mas como ser humano também. Porque é uma angústia e tanto, eu senti a agonia do surdo ao tentar passar uma informação, tentando comprar algo que para gente é tão simples. Me fez refletir bastante e querer me aprofundar ainda mais no curso. E é muito gratificante saber que se uma situação assim acontecer ao nosso lado, nós já conseguimos ajudar”.
Amanda Vitória Freitas destacou a importância do curso e também elogiou a atividade: “Primeiramente achei impactante, por ver como as pessoas são leigas e acabam não olhando para o próximo, porque se houvesse mais atenção, nós teríamos capacitação, mais respeito. Mudou muito meu jeito de pensar; as pessoas precisam muito saber que o surdo está ali, que ele também precisa comer, vestir, mas como com essa dificuldade? As pessoas ficam sem jeito, sem saber como reagir. É algo bem chocante mesmo. Realmente o mundo precisa olhar para o lado, que aí você vai ver seu próximo. E se você puder aprender um pouquinho, vai ser uma vitória grande”.