Reeducandas criam informativo para divulgar ações de combate à COVID-19
As reeducandas da Penitenciária Feminina “Sandra Aparecida Lario Vianna”, de Pirajuí, colocaram em prática um projeto de produção de cartazes e folders sobre as medidas de prevenção e combate à COVID-19, que resultou em um boletim informativo.
A ideia de criar o periódico partiu das próprias internas. Agora, o material está sendo divulgado por e-mail para as famílias das presas. Noventa e duas presas participaram do projeto.
Idealizada pela diretora do Centro de Reintegração e Atendimento à Saúde (Cras), Juliana Cândido de Oliveira Storio, a ação surgiu com a proposta de orientar e esclarecer as detentas sobre a pandemia do novo coronavírus e o enfrentamento da doença, além de multiplicar a informação para toda a população carcerária.
As presas se dividiram em grupos e escolheram o tipo de atividade: desenho, texto, música, paródia e poesia. Para auxiliá-las, o estabelecimento prisional disponibilizou folha de sulfite, cartolina, lápis de cor, giz de cera e lápis grafite.
Em dez dias de trabalho, as reeducandas produziram 67 desenhos, 26 textos diversos sobre o tema, seis músicas, três paródias, oito poesias, uma história em quadrinhos e um quiz que foi apresentado para as demais presas, conforme elenca a assistente social da unidade, Ana Carolina de Lima Cordeiro.
Boletim informativo
Segundo Ana Carolina, as reeducandas tiveram a ideia de ampliar o projeto, criando um boletim informativo com base no material produzido, que continha informações de prevenção à doença, como distanciamento social, higiene das mãos, entre outros.
“Fizemos o jornalzinho com a junção dos trabalhos realizados pelas internas, bem como todas as ações promovidas pela unidade prisional em detrimento da pandemia, para benefício do corpo funcional, população carcerária e familiares”, frisa.
O periódico contém textos, desenhos e fotos. A digitalização foi feita pela equipe do Cras. “A Juliana (diretora do Cras) fez uma orientação geral sobre a pandemia. Não entregamos nada de base. Pelos textos produzidos, percebemos que as informações descritas eram tiradas de jornais que elas assistiam na TV e de algumas revistas que tiveram acesso pela escola da unidade”, detalha Ana Carolina.
Agora, o boletim está sendo enviado para as famílias das presas, em arquivo PDF, por e-mail. “O retorno está sendo positivo. Os familiares elogiaram bastante a iniciativa”, conta a assistente social.
Fora da rotina
A diretora da Penitenciária Feminina de Pirajuí, Graziella Fernanda Rodrigues Costa, pontua a importância do projeto e o impacto positivo dentro do ambiente prisional. “Nossas reeducandas sempre ganham com as ações que são desenvolvidas, tanto as que participam diretamente quanto as que assistem as apresentações”, observa.
“Este projeto trouxe benefícios para todos nós, pois possibilitou informações, movimentação entre as internas, com atividades diferentes da rotina, aproximou as famílias e viabilizou um trabalho conjunto dos setores da unidade”, finaliza.