•  domingo, 24 de novembro de 2024

Festas de fim de ano podem se tornar pesadelo para pessoas com intolerância alimentar

A hipnoterapia vem apresentando bons resultados no tratamento dessa doença, que impede muitas pessoas de se deliciarem com os pratos servidos nas ceias de Natal e Ano Novo

As festas de final de ano estão chegando. E com elas as ceias, repletas de pratos apetitosos. Só de pensar nos alimentos que são servidos durante a passagem do Natal e do Ano Novo as pessoas já ficam com água na boca. Infelizmente, não todas elas. Algumas adoram a comida, mas precisam manter distância para não passarem mal. São aquelas que sofrem de infolerância alimentar e estão impossibilitadas de consumir alimentos com lactose, glúten e frutose. Celebridades como Bruna Marquezine, Giovanna Ewbank, Isis valverde, Nanda Costa e Nathalia Dill, por exemplo, sofrem de hipersensibilidade alimentar.

De acordo com a hipnoterapeuta especializada no tratamento de intolerâncias alimentares e reprogramadora mental, Juliana Casagrande, a intolerância alimentar pode limitar bastante a rotina de que tem a doença. Entre os sintomas apresentados por aqueles que são hipersensíveis a alguns alimentos estão: desconforto abdominal, diarreia, enxaqueca e distensão abdominal – a barriga pode ficar estufada, fazendo que a pessoa aparente estar grávida de três, quatro meses.

Não à toa, as pessoas que sofrem de intolerância evitem os alimentos, sendo muitas vezes tachados como frescos pelos outros, segundo Juliana. Muitas vezes, pressionados pelos demais, alguns portadores da doença sucumbem e provam pequenas porções dos alimentos “proibidos”, o suficiente para que a barriga inche, por exemplo. O que pode ser um grande problema quando se está com um vestido bem colado ao corpo. Férias com os amigos também costumam se tornar um momento de apreensão ao invés de relaxamento, já que é preciso prestar atenção a tudo o que se ingere, tornando quase impossível saborear o café da manhã de um hotel ou refeições em um restaurante.

Juliana sofreu com a doença por muitos anos e, por experiência própria, é taxativa ao afirmar que a hipnoterapia pode mitigar ou até solucionar o problema. “Depois que eu descobri a hipnoterapia, eu pude voltar a comer alimentos de forma leve, tranquila e saudável”, diz. Impressionada com os resultados, Juliana resolveu ela mesma estudar a técnica a qual submeteu-se. Matriculou-se na OMNI Brasil, o primeiro instituto de hipnoterapia a obter a certificação de qualidade ISO 9001 e formou-se hipnoterapeuta, para ajudar aos outros como foi ajudada.

A hipnoterapeuta entende a descrença de algumas pessoas que sofrem de intolerância alimentar com relação ao eficácia da hipnose no tratamento da doença, afinal, é um problema físico que aparentemente não mantém paretensco com a parte psíquica do indíviduo. “Muitas pessoas me questionam como a hipnoterapia permitirá que voltem a comer sem restrições os alimentos, sendo que seus exames de sangue apontam a intolerância”, conta. A explicação, segundo Juliana, reside no fato de que para a hipnoterapia as doenças físicas apresentam sim causa emocional. Ou seja, um trauma psicológico pode ser o responsável por desorganizar a mente e adoecer o corpo.

Antes de saber como atua a hipnoterapia no tratamento de uma trauma emocional com consquências físicas, como a intolerância alimentar, é preciso ressaltar que para o processo terapêutico a partir da hipnose, o plano subconsciente da mente é a região que condiciona o modo de agir do ser humano sem que ele perceba. É o lugar onde a memória da vida inteira é armazenada, as emoções são processadas e os hábitos adquiridos.

Seguindo a lógica da hipnoterapia, a intolerância alimentar é causada porque, no passado, a pessoa viveu um trauma emocional concomitante a ingestão de algum alimento. “O subconsciente ‘tirou uma foto’ de quando a pessoa vivenciou aquilo e fez a relação entre o alimento e a situação de perigo”, explica Juliana. Junte-se a isso o fato de que a mente subsconsciente é programada a manter a pessoa em segurança. Dessa forma, toda vez que a pessoa ingere um alimento, a memória da situação traumática é ativada. Nesse contexto, surge a intolerância alimentar.

“Através da hipnoterapia, esse evento é acessado e ressignificado, fazendo com que a pessoa volte a comer todo e qualquer alimento”, relata a reprogramadora mental. Ou seja, ao entrar em contato com a raiz do problema, através do transe hipnótico, o paciente fica apto a eliminar sua consequência. Ele adquire uma nova percepção a respeito do fator desencadeante e passa a ter uma abordagem diferente sobre este evento.

Juliana explica que o processo de tratamento será muito mais eficaz se o paciente seguir e compreender todos os passos do protocolo utilizado pelo terapeuta. A primeira etapa consiste na anamnese, em que o hipnoterapeuta busca entender o problema do paciente. Na segunda etapa, o terapeuta explica ao paciente como realmente funciona a hipnose, desmistificando a técnica. Conforme Juliana, trata-se de fase importante, porque o medo é o mais forte obstáculo para que a pessoa entre em estado de transe.

Daí passa-se para a indução hipnótica, seguida de aprofundamento, etapa na qual busca-se a emoção associada à condição debilitante. Uma vez descoberta a emoção, regressa-se à causa, ao momento em que o paciente vivenciou pela primeira vez aquele sentimento. Feito isso, o terapeuta sugere ao paciente uma modificação positiva ante essa memória, que caso seja aceita ocasiona a ressignificação do processo traumático.

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