‘Dói muito’, diz pesquisador que monitora animais atingidos pelas queimadas
O pesquisador e veterinário do Instituto Homem Pantaneiro, Diego Viana, relatou à CNN nesta quarta-feira (23) como está sendo o trabalho da força-tarefa que monitora animais atingidos pelas queimadas no Pantanal. Segundo ele, “dói muito” assistir aos incêndios e ver a situação dos bichos.
“Parte da gente está queimando junto quando você começa a ter noção da sua importância na manutenção do planeta que vive. Você tem esse sentimento cada vez mais profundo no seu coração”, falou ele.
Segundo Viana, todas as espécies da fauna do Pantanal já estão sendo impactadas indiretamente e diretamente pelas queimadas. “Principalmente na região do Porto Jofre, no Mato Grosso, onde essa demanda do resgate de fauna está concentrada”, afirmou.
O pesquisador disse ainda que é muito cedo para afirmar que algumas espécies que vivem no bioma correm risco de extinção. “Algumas dessas espécies, como arara-azul, podem mudar o status de ameaça. São espécies que já fazem parte da lista de ameaçadas e podem ficar mais criticamente ameaçadas”, explicou.
Amanaci
Uma onça-pintada resgatada durante os incêndios no Pantanal e que teve as patas queimadas foi tratada com células-tronco por especialistas. A onça, chamada de Amanaci, é um dos milhares de animais vítimas dos incêndios na região.
Os veterinários dizem esperar que ela volte a conseguir caminhar com as quatro patas em breve. Amanaci foi colocada em uma jaula para se recuperar até que possa voltar ao seu meio natural.