Os 20 trabalhos mais ameaçados de extinção em 2021
De acordo com pesquisa de tendências da Glassdoor, algumas atividades podem não retornar ao ‘novo normal’
Já sabemos que a pandemia afetou profundamente a forma que o mercado de trabalho está organizado. Mas, para algumas profissões, esses impactos podem ser ainda mais devastadores. É isso que mostra o relatório Workplace Trends 2021, publicado pela consultoria GlassDoor.
A empresa, especializada em recrutamento e seleção, analisou as informações disponibilizadas por empresas em milhões de vagas de emprego publicadas em sua plataforma. Com base nesses dados, foi possível identificar três tendências que irão tomar conta do mercado nos próximos anos. Além disso, a consultoria também elencou as 20 profissões que mais foram impactadas pela crise sanitária.
Os escritórios nunca mais serão os mesmos
A primeira tendência identificada pela Glassdoor foi a mudança na estrutura de trabalho nos escritórios tradicionais. A pandemia deu força ao movimento de transição das infraestruturas físicas para o home office. Durante o periodo, 4 em cada 10 trabalhadores norte-americanos desempenharam suas atividades remotamente. Ao mesmo tempo que isso traz vantagens, também pode apresentar problemas para as operações das empresas.
De acordo com a consultoria, equipes que funcionem em sistemas híbridos, onde alguns funcionários ainda trabalham presencialmente, apresentam melhores resultados.
Apesar do corte de custos e maior flexibilidade, o home office tende a minar a espontaneidade e produtividades de algumas equipes. Entre os principais motivos para isso está a dificuldade que o modelo apresenta na hora da criação de vínculos profissionais, essenciais para a criação de uma sinergia entre os colaboradores.
A expectativa é que, em 2021, o mercado experimente uma onda de inovação em modelos híbridos de trabalho. Com as empresas testando cada vez mais modelos para encontrar aquele que melhor atende suas necessidades.
A diversidade irá ganhar cada vez mais importância
Os colaboradores querem mais do que apenas promessas de mais diversidade dentro das empresas. Eles querem ação.
Movimentos como o Black Lives Matter lançaram uma nova luz à questões relativas a desigualdade racial em 2020, e os negócios estão sendo cada vez mais pressionados a apresentarem resultados tangíveis. Essa é uma tendência que tende a ganhar força com o decorrer da retomada econômica nas principais economias do mundo.
Mais do que demandas internas, o grande público também está mais atento à essas questões. Relatórios de resultados que indiquem uma evolução no assunto, com a adoção de políticas corporativas e incentivos, tendem a ser bem vistos pela comunidade.
A forma que encaramos nossos salários irá mudar
Com a popularização do home office, novas oportunidades são apresentadas para os profissionais. Uma delas é a de se mudar para outra cidade enquanto mantém o mesmo emprego.
Isso é especialmente atrativo para trabalhadores do setor de tecnologia, que agora encaram a possibilidade de fugir dos metros quadrados caros dos grandes polos de inovação, como São Francisco e Nova York.
Isso cria um movimento de mudança no que diz respeito ao valor das remunerações. A possibilidade de economizar mais também abre espaço para que os salários abaixem, mas o movimento contrário também pode acontecer. Conforme o mercado fica cada vez mais competitivo, a remuneração pode ser um fator decisório para que as empresas consigam reter talentos.
O relatório também chama a atenção para as confraternizações e eventos. Apesar deles terem sido suspensos durante a pandemia, a expectativa dos colaboradores é que retornem com o fim da crise sanitária.
Até mesmo as melhores culturas corporativas precisarão se adaptar
Com o trabalho menos centralizado nos escritórios, as culturas corporativas precisarão mudar para conseguir estimular e engajar pessoas.
Tudo deve começar no design de suas sedes. As empresas precisam pensar em como os colaboradores vão se relacionar com esses ambientes, garantindo que sejam locais de conforto e produtividade.
Aqueles que trabalham remotamente também podem sentir dificuldade em criar vínculos com a empresa. É normal que a sensação de que está trabalhando “separado de sua equipe” apareça. De acordo com a Glassdoor, empresas que querem prosperar em 2021 precisam encarar os sentimentos de seus colaboradores como business intelligence.
Alguns setores não se recuperarão
O choque econômico que a pandemia trouxe será sentido por muito tempo. Muitos empregos que foram perdidos não retornarão tão cedo.
O relatório da GlassDoor mostra impactos devastadores, principalmente em trabalho que não exigem muita capacitação do profissionais, aqueles do setor de educação, funções administrativas e de vendas.
De acordo com a consultoria, essas são áreas que não devem se recuperar tão cedo. E, mesmo após a recuperação econômica, ainda irão ser mercados menores do que eram antes da pandemia.
Confira os 20 empregos mais afetados.
1. Audiologista
2. Coordenador de eventos
3. Demonstrador de produtos
4. Oculista
5. Chefe de cozinha
6. Executivo assistente
7. Consultora de beleza
8. Vallet
9. Estilista
10. Coach
11. Embaixador de marca
12. Tosador de animais
13. Fisioterapeuta
14. Estagiário
15. Professor
16. Gerente de Recursos Humanos
17. Analista de Contas a Pagar
18. Recepcionista
19. Instrutor
20. Gerente de Vendas
21. Contador
22. Executivo de contas
Por Luisa Sanches