JazzNosFundos recebe Projeto Coisa Fina para show nesta sexta-feira, 13 de março.
O grupo instrumental paulistano de treze integrantes se apresenta na casa de jazz localizada em Pinheiros para homenagear obra do maestro pernambucano Moacir Santos.
São Paulo, março de 2020 – O coletivo Projeto Coisa Fina, que conta com treze músicos de diferentes formações e instrumentos, se apresenta nesta sexta-feira, 13 de março, com duas sessões às 21:30 e 23:30hs, no JazzNosFundos em Pinheiros. Com experiência musical que promove fusão entre canção, música instrumental, jazz e ritmos brasileiros, o Projeto irá homenagear a obra do maestro pernambucano Moacir Santos.
O coletivo, fundado em 2005, promove uma experiência musical onde o jazz se funde ao baião, ao maracatu ao samba provocando no ouvinte uma experiência única que revitaliza elementos da música brasileira fazendo uma bela homenagem ao grande maestro Moacir Santos.
Entre as ações culturais desenvolvidas pelo Projeto Coisa Fina, destaca-se o incentivo à criação, ao registro e circulação de artistas que vivenciam a memória musical brasileira, experimentando e produzindo novos repertórios. Nos trabalhos lançados pelo Selo Sesc, a interação entre a nova geração de músicos e os consagrados talentos é ponto fundamental para o diálogo e a troca sobre o fazer música no Brasil.
O grupo surgiu com Daniel Nogueira e Vinicius Pereira que ouviam quase que diariamente o CD Ouro Negro, lançado em 2001, até que os dois decidiram criar uma banda de sopros só para tocar a música do grande mestre fazendo pequenas adaptações à formação um pouco menor que as big bands. O mérito da banda Projeto Coisa Fina reside na habilidade de transformar a sofisticação de Moacir Santos em uma música vibrante que reverbera na alma da nova geração.
São treze jovens músicos que compõem o grupo: Daniel Nogueira (sax tenor, flauta e direção geral), Ivan de Andrade (sax alto, clarinete e direção musical), Walmer Carvalho (sax tenor, sax soprano e flauta), Bira Jr (sax barítono e flauta), Diogo Duarte (trompete e flugelhorn), Rubinho Antunes (trompete e flugelhorn), Douglas Antunes (trombone), Abdnald Santiago (trombone baixo), Marcelo Lemos (guitarra), Fábio Leandro (piano), Rafael Ferrari (baixo), Mauricio Caetano (bateria) e Matheus Prado (percussão).
MOACIR SANTOS
Moacir Santos nasceu em 1926 (mesmo dia de Miles Davis) em Pernambuco e teve uma carreira brilhante como diretor musical de orquestras de rádio no Rio de Janeiro. Em 1965 ele lançou seu primeiro álbum chamado “Coisas” (coisas foi um termo que Moacir inventou para definir o número das composições como é o “opus” na música clássica). Esse CD foi um fracasso comercial que o motivou a se mudar para os Estados Unidos em busca de melhores condições de trabalho.
Em Los Angeles, Moacir Santos produziu quatro álbuns: Coisas (Forma, 1965); Maestro (Blue Note 1972); Saudade (Blue Note 1974) e Carnival of Spirits (Blue Note, 1975). Um deles – “Maestro” – foi indicado para o Grammy em 1972. Como bom arranjador e compositor que era não foi difícil desenvolver uma bela carreira em Los Angeles onde sempre tocava com músicos importantes como Horace Silver, que inclusive gravou algumas de suas composições.
Em Hollywood, Moacir fazia parte da equipe de Lalo Schifrin onde trabalhou como ghost composer da trilha sonora de Missão: Impossível, filme onde a sua assinatura musical é facilmente reconhecida.
Morando por 45 anos nos EUA, Moacir não tinha intenções de voltar ao Brasil até que Mário Adnet e Zé Nogueira decidiram recuperar os arranjos originais do maestro e registrá–los em grande estilo no CD Ouro Negro, lançado em 2001 com patrocínio pela Petrobrás. Moacir participou dos shows de lançamento do CD mas veio a falecer dois anos depois. Ouro Negro criou um grande impacto na cena musical brasileira, pois revelou um compositor criativo que poucos conheciam.
SERVIÇO
Rua Cardeal Arcoverde, 742 – Pinheiros, São Paulo/SP
Ingressos: R$25 a R$35
Horário: 21h30 e 23h30
Telefone: (11) 3083-5975
Estacionamento (não conveniado): Rua João Moura, 1076
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@jazznosfundos