Volta as aulas em momento errado pode causar morte de milhares de crianças, alerta especialista
Um estudo publicado pelo matemático Eduardo Massad, professor titular da Escola de Matemática Aplicada Fundação Getúlio Vargas (FGV), uma retomada em aulas em momento errado pode causar uma onde de infecção de Coronavírus em crianças, levando diversos estudantes a óbito. Em conferência online, Massad apontou que até o final da pandemia a volta às aulas poderia levar à morte de 17 mil crianças. “Nos primeiros 15 dias, a projeção é de 1,5 mil mortes. As 17 mil seriam até o fim da epidemia”, disse nesta sexta. Além disso, o total estimado de vítimas se refere a crianças, adolescentes e adultos da comunidade escolar, e não somente em São Paulo, mas em todo o Brasil..
Segundo o pesquisador, a projeção de 1.557 mortes até o dia 15 de agosto foi feita com base em um modelo matemático que leva em consideração a abertura das escolas em todo o País – e não só em São Paulo – no dia 1º de agosto, com o retorno de todas as crianças e adolescentes, de uma só vez. No Estado de São Paulo, prevê-se um retorno em setembro, se todo o Estado reduzir as taxas de contaminação, e com volta gradual dos estudantes à sala de aula. Na primeira etapa, seriam 35% dos estudantes.
Segundo o pesquisador, o modelo levou em conta que a taxa de mortalidade das crianças pela covid-19 é menor do que a da população em geral.
“Morrem muito menos, mas não significa que não morram. E, na minha opinião, se tiver o risco de morrer uma única criança por escola, a escola não pode abrir. A discussão se é 1.500 ou 17 mil é fútil. O que importa é que certamente vão morrer crianças se abrir a escola”, disse Massad nesta sexta-feira
(Itupeva Agora)