•  domingo, 24 de novembro de 2024

Primavera Editorial disponibiliza, gratuitamente, O livro dos negros

A Primavera Editorial disponibilizou gratuitamente, em formato de e-book, a obra O livro dos negros, do sociólogo canadense Lawrence Hill. Descendente de africanos escravizados nos Estados Unidos, Hill conta a jornada de Aminata Diallo rumo à liberdade. O livro está disponível nas plataformas Amazon, Google e Apple até 31 de março de 2020. A obra inspirou uma série que foi exibida, em 2019, pela TV Globo com o título Meu nome é liberdade; atualmente está disponível no Globoplay.

São Paulo, 24 de março de 2020 – Fique em casa na companhia de um bom livro. Essa é a mensagem que a equipe da Primavera Editorial quer passar para os leitores que vivem tempos de quarentena. Para incentivar o hábito da leitura, a editora está disponibilizando, até 31 de março de 2020, o download gratuito de O livro dos negros, do escritor canadense Lawrence Hill. A obra está disponível nas plataformas Amazon, Google e Apple.

Segundo Lu Magalhães, presidente da Primavera Editorial, a proposta é colaborar de alguma forma para que o isolamento social seja um momento de expandir o conhecimento e aumentar o repertório por meio da leitura qualificada. “Nosso intuito é tornar acessível uma obra muito relevante que, por meio de uma personagem forte, Aminata Diallo, conta a história de homens e mulheres que foram escravizados nos Estados Unidos”, afirma a executiva.

SOBRE O LIVRO DOS NEGROS | Existe uma mancha na história que somente pode ser percebida quando lidamos com os aspectos históricos e reais de que homens e mulheres foram escravizados apenas pela cor da sua pele e privados de seus direitos, da liberdade – e, que, para reconquistá-la, lutaram com forças e energias quase sobre-humanas. Lawrence Hill – autor de O livro dos negros, sociólogo e descendente de africanos escravizados nos Estados Unidos – passou a escrever sobre a história dos negros que imigraram para o Canadá; nesse ponto, as narrativas dele se cruzam com uma figura feminina tão forte que não há como ficar impassível diante da trajetória.

Aminata Diallo foi sequestrada aos 11 anos; retirada da sua tribo na África e vendida como escrava na Carolina do Sul – um dos Estados mais escravocratas da região Sul dos Estados Unidos – ela escapa e forja o próprio caminho, lutando na Guerra de Independência ao lado dos britânicos, porque havia um caderno, O livro dos negros, que permitiria, caso o seu nome estivesse inscrito nele, fugir para outra colônia britânica, para a região em que hoje se situa o Canadá. Com o intuito de erguer-se acima das determinações escravocratas, Aminata, em um mundo hostil à sua cor de pele, mantém intacta a dignidade e a humanidade, mesmo nas situações mais horríveis que se possa imaginar.

As histórias escritas sobre a época da escravidão muitas vezes desumanizam os escravos ou estabelecem parâmetros irreais para os fatos, amenizando-os. Ao contrário, em O livro dos negros sentimos a força das decisões da protagonista; a sua energia e destreza em ser alguém que, mesmo sob as mais complexas circunstâncias – que encontramos, ainda hoje, na África, nos guetos dos Estados Unidos e nas comunidades pobres do Brasil –, supera tudo e demonstra que podemos triunfar e conquistar nossa liberdade.

Apaixonante, forte e espetacular, a obra deu origem à minissérie The Book of Negroes, produzida pela CBC, que teve a estreia em fevereiro de 2015. Na TV Globo, a série foi exibida em 2019, com o título Meu nome é liberdade; atualmente está disponível no GloboplayEstrelada pelo vencedor do Oscar, Cuba Gooding Jr., e pela atriz Aunjanne Ellis, a série impulsionou as vendas do livro, chegando a mais de 1 milhão de cópias vendidas, tornando-se uma nova referência das obras de grande impacto e sucesso dos Estados Unidos na atualidade. A obra foi vencedora de prêmios importantes no exterior como o Commonwealth Writers’ Prize e o Rogers Writers’ Trust Fiction Prize, sendo classificada como “maravilhosamente escrita” pelo jornal The New York Times; “de parar o coração”, pelo Washington Post; e “uma heroína indomável”, pelo Globe and Mail.

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