•  sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Como e por que a BNCC inclui empatia na Educação Básica

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica e deverá obrigatoriamente estar em vigor em todas as escolas brasileiras em 2020. Entre as dez Competências Gerais da Educação Básica determinadas pela BNCC, a de número nove diz respeito ao exercício da “empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza”.

Ao todo, a empatia é citada onze vezes no texto da BNCC, como parte da formação das habilidades socioemocionais nos estudantes. A diretora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino, Acedriana Vogel, afirma que a escola é o lugar mais propício para o exercício da empatia. “Não faltam oportunidades na rotina escolar para praticar o exercício de se colocar no lugar do outro – sentindo o que o outro sente e procurando entender as suas razões para ter agido dessa ou daquela maneira”, expõe. Para ela, esse é um exercício que necessita de mediação, boa vontade e deve ter início desde a infância. “Não é simples. Mas a empatia é um ingrediente que distingue o ser humano nas relações e a BNCC reforça a necessidade de levarmos essa característica para dentro das nossas escolas”, salienta.

Em Língua Portuguesa, a BNCC trata da “potência da arte e da literatura como expedientes que permitem o contato com diversificados valores, comportamentos, crenças, desejos e conflitos”, destacando a relevância desse campo para o exercício da empatia e do diálogo. Já em História para o Ensino Fundamental, a Base traz a empatia como um dos resultados de se “elaborar questionamentos, hipóteses, argumentos e proposições em relação a documentos, interpretações e contextos históricos específicos”. “É central desenvolver a competência empática em tempos que assumir opiniões divergentes são gatilhos para a série de segregações. Não são raras as situações, por exemplo, de tios que não falam mais com seus sobrinhos, irmãos que foram excluídos de grupos de família por assumirem posições políticas ou religiosas diferentes. A empatia deve ser exercitada e cultivada desde cedo na infância”, enfatiza Acedriana. Ainda com esse viés de preocupação, o texto também afirma que deve-se “discutir e analisar as causas da violência contra populações marginalizadas com vistas à tomada de consciência e à construção de uma cultura de paz, empatia e respeito às pessoas”.

A importância do exercício de empatia chega também no Ensino Médio, em que a Base inclui, na segunda competência específica de Linguagens e suas Tecnologias, “compreender os processos identitários, conflitos e relações de poder que permeiam as práticas sociais de linguagem, respeitando as diversidades e a pluralidade de ideias e posições, e atuar socialmente com base em princípios e valores assentados na democracia, na igualdade e nos Direitos Humanos, exercitando o autoconhecimento, a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, e combatendo preconceitos de qualquer natureza”.

Todo esse trabalho chega a ter relação direta inclusive com as características socioeconômicas da sociedade brasileira, sendo indicada pela base na área de Ciências Humanas e Sociais, com atividades que proponham “medidas para enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos e promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia”.

Sobre o Sistema Positivo de Ensino

É o maior e mais tradicional sistema voltado ao ensino particular no Brasil. Com um projeto sempre atual e inovador, ele oferece às escolas particulares diversos recursos que abrangem alunos, professores, gestores e também a família do aluno com conteúdo diferenciado. Para os estudantes, são ofertadas atividades integradas entre o livro didático e plataformas educacionais que o auxiliam na aprendizagem. Os professores recebem propostas de trabalho pedagógico focadas em diversas disciplinas, enquanto os gestores recebem recursos de apoio para a administração escolar, incluindo cursos e ferramentas que abordam temas voltados às áreas de pedagogia, marketing, finanças e questões jurídicas. A família participa do processo de aprendizagem do aluno recebendo conteúdo específico, que contempla revistas e webconferências voltados à educação.

Ler Anterior

Saiba quais são as cinco doenças cardiovasculares que mais podem matar

Ler Próxima

Curitiba Vôlei embarca para jogos decisivos em Minas Gerais