Startups e fintechs serão essenciais para diminuir efeitos da crise financeira causada pelo coronavírus, analisa especialista
Agilidade e modelo de negócio democrático tornam as empresas importantes para a recuperação dos problemas causados pela doença
Declarada como pandemia no início de março pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Covid-19 (coronavírus) já infectou e matou milhares de pessoas pelo mundo. Para combater o avanço da doença, governos do mundo todo estão adotando medidas restritivas como fechamento de comércios, serviços e quarentena mesmo para pessoas não infectadas.
Entre os reflexos da crise de coronavírus estará uma recessão econômica mundial. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a economia global terá retração em 2020. Segundo o FMI, a recessão poderá, inclusive, ser pior que a de 2008. À época, a economia global registrou queda de 0,8% depois de desdobramentos de uma crise que começou no setor imobiliário.
Nesse cenário complicado, fintechs e startups surgem como aliadas para diminuir o impacto da recessão e para solucionar problemas imediatos. O modelo de negócio das empresas, que facilita a prestação de serviço de maneira distante, pode fazer com que o dinheiro circule em períodos em que estabelecimentos físicos estão fechados ao público.
Márcio Barnabé, Chief Marketing Officer da UzziPay, uma fintech de pagamentos que preserva a Amazônia a cada novo cliente, pontua que entre os benefícios dessas empresas que nasceram na era digital está a concessão de créditos extras para micro e pequenos empreendedores. Tudo é feito de maneira bem menos burocrática do que na comparação com bancos tradicionais.
“As fintechs e as startups com seus modelos democráticos e inclusivos são rápidas e puderam oferecer soluções imediatas. E por serem plataformas digitais não tiveram dificuldades em fazer ajustes para home office e não tiveram reduções em suas capacidades de atendimento”, argumenta.
Barnabé também exemplifica o caso de um aplicativo de entrega de alimentos. Nessa semana, a empresa anunciou, entre outras medidas, a antecipação de pagamentos aos restaurantes (que passou de 30 para 7 dias) e um desconto no valor de comissão que é cobrado pela plataforma aos estabelecimentos alimentícios.
“Também temos bancos oferecendo linhas de crédito, contas digitais gratuitas e muitas outras soluções encabeçadas pelas startups. A disrupção e agilidade com que essas empresas trabalham será essencial para superarmos com mais velocidade a crise econômica que fatalmente virá por causa da pandemia”, defende o especialista da UzziPay.