Pesquisa mostra que inadimplência é grande problema para economia
Levantamento do Instituto Locomotiva/Negocia Fácil/CMS aponta que 97% dos executivos consideram esse cenário prejudicial
Um estudo inédito realizado junto a executivos atuantes na área de cobrança aponta que os atuais níveis de inadimplência representam um grande problema para a economia do país. Para 97% dos profissionais desse segmento, esse contexto é bastante prejudicial, destaca o levantamento “Desafios e Tendências do Cenário da Inadimplência no Brasil”, elaborado pelo Instituto Locomotiva em parceria com o serviço de cobrança digital Negocia Fácil e a organização CMS, especializada na geração de oportunidades para indústria de crédito.
Destes entrevistados, 60% afirmaram ao estudo que a inadimplência é uma questão crônica já inserida em meio ao consumo da população do Brasil. Os outros 37% ouvidos na pesquisa consideram essa situação um transtorno pontual, motivado pelo atual momento da economia do país. Ainda segundo o levantamento, nove em cada 10 desses executivos consultados avaliam que o país vive uma crise econômica.
Realizado entre os meses de setembro e outubro deste ano, a pesquisa tem como finalidade entender melhor quais eram os desafios dos profissionais do ramo em fazer a recuperação de crédito. Outro objetivo é também analisar as principais tendências do setor para os próximos anos. Um dos destinos verificados por essa análise foi sobre o futuro do sistema bancário brasileiro.
A inadimplência tem um alto impacto não só no cotidiano de quem vivencia essa realidade; como na economia de modo geral. O brasileiro com as suas contas pagas vive melhor e é mais produtivo. A reação da nossa economia devolverá não só o poder de compra às pessoas, mas a sensação de dignidade, o bem-estar”, comenta Renato Meirelles, presidente do Instituto Locomotiva.
Principais tendências apontadas
Ainda segundo o estudo Locomotiva/Negocia Fácil/CMS, 84% dos executivos ouvidos acreditam que os bancos digitais são o futuro do sistema bancário brasileiro. Ainda entre o total de entrevistados, 81% deles disseram que as suas respectivas empresas estão pouco ou nada desenvolvidos em relação à cobrança digital.
“Essa tendência mostra que ter uma opção de cobrança pode destacar uma empresa dos demais e mostra que ela se importa com seus devedores, ao disponibilizar mais um canal de negociação. Além disso, esses resultados mostram como o consumo tem caminhado cada vez mais para o digital, avalia José Moniz, head de Negócios Digitais do Negocia Fácil.
A pesquisa também mostra que 68% das empresas do ramo de crédito já usam um modelo misto de cobrança, envolvendo a modalidade digital e o tradicional. Conforme o levantamento, a metodologia de recuperação digital conta com o maior potencial de sucesso. Essa resposta foi dada por 43% dos entrevistados. Outros 41% acham que o uso desse sistema com o convencional deve ser o mais bem-sucedido.
Sobre tendências para o segmento nos próximos anos, o estudo do Instituto Locomotiva/Negocia Fácil/CMS destaca que o modelo de recuperação de crédito digital é visto por 65% dos executivos com o maior potencial de desenvolvimento. Para 28%, essa metodologia junto com a tradicional deve se expandir. Só 1% apostam no modelo convencional de cobrança.
Sobre o Instituto Locomotiva
Renato Meirelles é presidente do Instituto de Pesquisa Locomotiva. Foi fundador e presidente do Data Favela e do Data Popular, onde conduziu diversos estudos sobre o comportamento do consumidor emergente brasileiro, atendendo as maiores empresas do Brasil. Em 2012, Renato fez parte da comissão que estudou a Nova Classe Média Brasileira, na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Considerado um dos maiores especialistas em consumo e opinião pública do país, foi colaborador do livro “Varejo para Baixa Renda”, publicado pela Fundação Getúlio Vargas e autor dos livros “Guia para enfrentar situações novas sem medo” e “Um País Chamado Favela”, relacionados ao funcionamento do cérebro e técnicas de aprendizado para o alto rendimento das competências e habilidades cognitivas.