•  sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Pesquisa aponta que Brasil bateu recorde de falta de cerveja nos supermercados

Uma pesquisa realizada pela Neogrid, empresa especializada na gestão de cadeia de suprimentos, mostra que o Brasil bateu recorde na falta de cerveja nos supermercados. O nível de ruptura da cerveja, que é o índice de falta dos produtos, alcançou 18,92% em outubro. Enquanto que no mesmo período, em 2019, a média do nível da bebida era de 10%.

De acordo com a empresa, os consumidores brasileiros já começaram a sentir falta de algumas marcas nas prateleiras. “Todas as cervejarias apresentam falta de produtos no varejo e o nível de ruptura da cerveja nunca foi tão alto como hoje”, afirma Robson Munhoz, CCO da Neogrid.

Essa ruptura acontece quando existe a falta do produto nos pontos de venda. Segundo Munhoz, o nível de 10% de ruptura quer dizer que, em uma lista de 100 produtos que o consumidor demanda, 10 não serão encontrados. O monitoramento do estudo acompanha os dados de 40 mil varejistas do país.

Desde março, no início da quarentena, o índice que esteve pela última vez na marca dos 10% para a cerveja, só subiu. A falta da bebida alcoólica nos supermercados pode estar relacionada ao fornecimento de vidros e latas para as embalagens dos produtos.

“Não estamos falando em desabastecimento. Há falta de algumas marcas. Se falta embalagem não tem como produzir e vender cerveja no mercado. É importante que a indústria e o varejo estejam compartilhando informações para que os desafios não sejam ainda maiores na cadeia de abastecimento. Senão ninguém ganha o jogo”, explica  Munhoz.

Demanda da cadeia produtiva

A Associação Brasileira das Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas) diz que antes da pandemia, as latas de alumínio eram pouco mais de 50% dos armazenamento total das cervejas. Mas, em 2020, o percentual deve se aproximar de 70%. Isso mostra que a cerveja se consolidou mais na embalagem.

“Esta demanda por bebidas em latas de alumínio já era crescente, mas foi fortemente acelerada em 2020, resultando em investimentos relevantes do setor para ampliação do parque industrial, em montante que já se aproxima de R$1 bilhão. Duas novas fábricas e a expansão de linhas de produção já existentes foram a forma que os produtores de latinhas encontraram para poderem crescer”.

De acordo com a nota da Abralatas, as fábricas das embalagens de alumínio estão trabalhando “24h por dia e sete dias por semana para cumprirem com todos os contratos firmados com os clientes e mantendo os protocolos sanitários no mais alto padrão”.

Com informações da CNN Brasil.

 

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