Já é hora de planejar o pós-pandemia
Para o CEO da Prime Talent, David Braga, empresas precisam iniciar a segunda etapa da quarentena e buscar os novos caminhos, mesmo diante de um cenário ainda incerto.
A melhoria contínua, seja no âmbito pessoal seja no ambiente empresarial, é fundamental para o crescimento. E uma das lições desse período de isolamento social é que, daqui para a frente, as mudanças serão ainda mais constantes. Novos produtos e serviços, desejos diferentes dos consumidores e um outro tipo de consumismo surgiram e estão se consolidando. Isso exige que as empresas comecem, de imediato, a se remodelar para o pós-pandemia, apesar de ainda não se saber, ao certo, quando será este momento.
Sendo assim, a hora é de iniciar a segunda etapa da quarentena. Em uma primeira fase, foi preciso criar condições para que as empresas seguissem funcionando, como implementar medidas de prevenção ao contágio pelo coronavírus, colocar equipes em home office, ampliar o uso da tecnologia, dar suporte aos colaboradores dentro e fora do ambiente de trabalho, entre outras iniciativas. Para o CEO e headhunter da Prime Talent, David Braga, agora é necessário ir além. “É fundamental inovar e repensar o business. Como será a volta? As lideranças precisarão encontrar um ponto de equilíbrio entre a saúde das pessoas e a economia da empresa. Deve-se pensar no digital, na disrupção do mercado, na eficiência, nos custos, sem falar na importância de ampliar o foco no empreendedorismo social, entre outros aspectos”, destaca.
Braga argumenta ainda que, além de revisar os planos estratégicos e as estruturas organizacionais, as lideranças precisam criar ações para os funcionários que retornarem do isolamento social. “Muitos estarão ansiosos, angustiados ou mesmo depressivos. Há, ainda, aqueles que já se acostumaram às novas rotinas do home office, o que impactará diretamente na performance”, observa o executivo. Também serão atitudes relevantes valorizar os profissionais que despontaram durante a pandemia e não perder capital intelectual, mesmo que a empresa precise passar por uma restruturação.
O grande desafio é que todas essas transformações têm que começar a acontecer agora. “Citando Napoleão Bonaparte, ‘a grande arte é mudar durante a batalha’ e buscar as soluções assertivas, mesmo em um cenário totalmente sem previsibilidade. Lembrando que, em um mundo VUCA, ou seja, volátil, incerto, complexo e ambíguo, as decisões não cabem apenas ao líder. Todos participam, com sugestões sobre business, mercado, tendências e o que pode ser mudado”, conclui David Braga.