Governo deve propor Imposto de Renda menor aos mais pobres e classe média, e imposto maior aos ricos
O governo pretende com a reforma tributária, alterar o limite de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para pessoas com salários de até 3.000 mil reais. Segundo Guilherme Afif,assessor especial do Ministério da Economia, entre as mudanças que o governo pretende propor no Imposto de Renda da Pessoa Física estão:
Aumento da faixa de isenção dos atuais R$ 1.903,99 por mês para cerca de R$ 3 mil;
Redução nas deduções (atualmente há deduções por despesas médicas, por dependentes e por despesas educacionais);
Diminuição da alíquota de 27,5%, atualmente a mais alta;
Criação de uma alíquota maior para os mais ricos;
Retomada da cobrança de imposto sobre a distribuição de lucros e dividendos para as pessoas físicas, que existia até 1996.
O assessor do Ministério da Economia informou que o governo pretende arrecadar R$ 120 bilhões por ano com a taxação de 0,2% sobre transações financeiras em caráter permanente. Com o dinheiro arrecadado o governo pretende:
Desoneração da folha
O assessor do Ministério da Economia informou que os R$ 120 bilhões arrecadados anualmente com o novo tributo sobre transações financeiras seriam distribuídos em vários programas, entre os quais:
Carteira de trabalho verde e amarela: a intenção do governo, disse Afif, é isentar da contribuição patronal as vagas de emprego entre 1 a 1,5 salário mínimo. “Para todos, queremos fazer uma redução da ordem mais ou menos de 20% dos encargos. Isso consome mais da metade dos R$ 120 bilhões”, disse.
Revisão dos programas de distribuição de renda: governo quer revisar os programas sociais, destinando mais recursos. “Esse negócio da Covid deu uma ‘porrada’ muito forte na pobreza. Hoje, estão vivendo do programa de renda, e a Covid não mostrou sinal de arrefecimento. Vamos ter que fazer o socorro para eles agora e preparar uma rampa de acesso para a volta a formalidade e a normalidade [carteira verde e amarela]”, declarou.
A intenção, disse ele, é que todas as mudanças tributárias tenham impacto neutro na arrecadação, ou seja, que o governo não perca recursos, e que também não haja uma elevação da carga tributária
Com informações do Portal G1