Comércio de rua na cidade de SP reabre com funcionamento limitado a 4h por dia
O comércio de rua em São Paulo reabriu às 11h desta quarta-feira (10), após mais de dois meses fechado por conta das medidas de isolamento social impostas para conter o avanço do coronavírus na cidade.
A retomada faz parte do plano de flexibilizações anunciado pelo governo do estado e prefeitura no final de maio.
Nesta terça-feira (9), o prefeito Bruno Covas autorizou a reabertura das lojas de rua e das imobiliárias da capital paulista com horário de funcionamento reduzido.
Os estabelecimentos poderão funcionar pelo período de 4 horas por dia, sempre entre 11h e 15h. Além disso, terão de seguir as normas de higiene recomendadas pelas autoridades de saúde para evitar o risco de contágio e de propagação do vírus.
Segundo Covas (PSDB), o acordo com os representantes dos shoppings centers deve ser assinado nesta quarta-feira, para que os estabelecimentos voltem a funcionar na quinta.
Para dar conta da demanda de movimentação de passageiros na cidade neste primeiro dia de reabertura do comércio, a SPTrans prometeu colocar nas ruas 92% da frota de ônibus da cidade em operação, com 11.800 coletivos circulando pela capital
A capital paulista está na fase laranja do plano gradual de flexibilização da quarentena estipulado pelo governo de São Paulo. Nesta etapa, cinco setores são autorizados a reabrir com restrições. O município já havia liberado concessionárias de veículos e escritórios.
Resumo das novas liberações:
- Comércio de rua e imobiliárias poderão abrir a partir desta quarta (10) pelo período de 4h e fora do horário de pico;
- Shoppings poderão reabrir a partir de quinta (11) e terão que escolher entre duas opções de funcionamento 6h às 10h ou das 16h às 20h, com público limitado a 20%;
- Todos os estabelecimentos deverão seguir regras de higiene e segurança.
Além de cuidados com saúde, como distanciamento social e uso de álcool gel, as lojas vão ter um limite de horário de funcionamento de quatro horas. O comerciante poderá escolher o horário de abertura, desde que seja fora do horário de pico.
Haverá limite também de pessoas. Nenhum deles poderá receber mais do que 20% da capacidade de público.
O protocolo assinado também determina que os estabelecimentos permitam que os funcionários com filhos pequenos sejam mantidos em trabalho remoto, ou que busquem formas alternativas de manter os empregos.
A Associação Brasileira de Shoppings não gostou do período restrito de funcionamento. “Nós entendemos que esse período de reabertura deve ser feito com cautela, com todos os cuidados, mas nosso entendimento é que talvez um período um pouco maior, fosse mais adequado para fazer com que o fluxo fosse mais adequado no shopping”, afirmou o presidente da entidade, Glauco Humai.
O governo de São Paulo considera que as restrições são necessárias para que os municípios não retrocedam de fase e tenha que fechar as atividades não essenciais outra vez.
“A fase laranja é uma fase de controle, a retomada prevê evitar consumo local, por isso que são setores que envolvem e permitem minimizar o contato. O isolamento social ainda é a principal recomendação para a população. Isso é fundamental para que essa retomada seja bem sucedida e em municípios que isso não acontecer, a gente vai eventualmente precisar retroceder nas fases e temos os mecanismos para que isso aconteça”, afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen.
Flexibilização da quarentena
Os setores fazem parte de uma lista de cinco que foram autorizados a funcionar, com restrições, na fase 2-Laranja da quarentena, que está em vigor em algumas regiões do estado, incluindo a capital, desde 1° de junho.
A Prefeitura de São Paulo optou por liberar o funcionamento dos setores contemplados apenas após análise de protocolos de saúde. Na semana passada, Covas autorizou o funcionamento de escritórios e concessionárias.
Nessas propostas, os setores informam como vão retomar o funcionamento garantindo a segurança de funcionários e clientes.
Pelo plano apresentado pelo governo de São Paulo, as regiões do estado são classificadas da seguinte forma:
- Alerta máximo (vermelho)
- Controle (laranja)
- Flexibilização (amarelo)
- Abertura parcial (verde)
- Normal controlado (azul)
De acordo com a fase cada região pode liberar a abertura de diferentes setores da economia fechados pela quarentena.
A classificação de cada região leva em consideração uma série de critérios, entre eles, taxa de ocupação de UTIs e total de leitos a cada 100 mil habitantes.
De acordo com o governo, uma região só pode passar a um maior relaxamento após 14 dias. A reavaliação só ocorrerá em período menor caso haja informações relevantes que exijam, excepcionalmente, uma revisão.
(G1)