Cinco mitos sobre transformação digital
Por Marcelo Pires
A transformação digital tem sido vista pelas empresas como uma verdadeira tendência. Já virou um dogma no mundo dos negócios a ideia de que é preciso estar presente nos ambientes digitais para ser visto e, consequentemente, sobreviver. Com isso, a demanda por consultorias e profissionais que realizam esse tipo de serviço tem crescido cada dia mais.
Embora seja um dos termos mais utilizados na TI, as definições para a transformação digital variam. O que se pode afirmar é que se trata da inclusão das tecnologias digitais em todos os setores de um negócio, para torná-los mais eficientes e eficazes, mudando profundamente como a empresa atua e agrega valor aos clientes. A ideia é usar a tecnologia não apenas para replicar um serviço existente em um formato digital, mas também para usá-la para transformar esse serviço em algo significativamente melhor para o usuário final.
De modo geral, ainda há muita confusão sobre o que é e como é feita uma transformação digital. Esse equívoco acontece porque as expectativas dos clientes e as necessidades das empresas nunca são iguais e estáticas. Para ajudar a desmistificar esse processo tão importante, selecionei cinco mitos sobre transformação digital.
#1. Transformação digital só tem a ver com tecnologia – Esse processo não envolve apenas tecnologia, mas, essencialmente, a mudança de cultura da empresa e o modelo de negócios. São ações necessárias para atingir o sucesso e que envolvem aspectos tecnológicos, claro, como computação em nuvem, Internet das Coisas, Blockchain, Big Data, Inteligência Artificial, UX, metodologias ágeis, entre outros. Contudo, a tecnologia é um meio, não um fim.
#2. É um processo pontual – Um dos maiores equívocos de quem quer promover a transformação digital em sua empresa é focar em objetivos de curto prazo. Como ressaltei anteriormente, é preciso trabalhar em todos os processos e áreas, sempre pensando caso a caso com o compromisso de modificar a cultura e estrutura organizacional, o legado dos antigos processos de negócios, além das tecnologias e metodologias de trabalho.
#3. Fazer mudanças bruscas e muito rapidamente – A transformação digital é uma das principais maneiras de organizações já estabelecidas competirem com empresas mais ágeis e digitais. Esses projetos costumam ser grandes em escopo e ambição, mas não estão isentos de riscos. Por isso, é preciso planejamento e cautela ao executar ações, sempre buscando agir de maneira precisa e com foco no cliente. Nem sempre isso é rápido.
#4. Consultoria é dispensável – Por ser um processo bastante delicado e que envolve o engajamento de diversas áreas da empresa, para que a maioria das organizações sejam bem-sucedidas, é indispensável a parceria com consultorias externas experientes, que entendam das melhores práticas, bem como das realidades operacionais e preocupações do negócio. Nada como um olhar externo, para que se veja o que quem está envolvido no negócio não consegue ver sozinho.
#5. Falta de comunicação entre cliente e consultoria – Como qualquer trabalho em parceria, a transformação digital é uma via de mão dupla. Todas as partes envolvidas precisam estar alinhadas quanto a objetivos, expectativas, dificuldades e definições. Antes, durante e depois da consultoria, é preciso manter a comunicação clara e objetiva para que não haja dúvidas quanto aos resultados.
Tudo que envolve tecnologia geralmente leva a dúvidas, especialmente no público que não trabalha diretamente com essas ferramentas. Isso é natural, uma vez que a própria linguagem tende a ser mais técnica e complexa. O papel das consultorias de transformação digital é, portanto, trazer essas informações à tona de maneira simples, não só para seus clientes, mas para todos. Assim, poderemos dar adeus aos mitos e ficar apenas com a realidade incrível da transformação digital!