Cedae promete água sem geosmina na próxima semana
O diretor-presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), Hélio Cabral, disse hoje (15) que a água distribuída pelo Reservatório do Guandu, que atende a grande parte da população da região metropolitana, não terá mais a presença da geosmina a partir da semana que vem. Segundo a companhia, essa substância produzida por algas é que provocou o gosto e o cheiro de terra na água distribuída à população.
“No Guandu, na semana que vem, com certeza a gente tem água saindo sem geosmina. Vamos agora estar sempre preparados para que não aconteça mais o problema da água com gosto e cheiro de terra”, garantiu.
Cabral disse que não poderia dar um prazo de quando a água vai sair das torneiras sem o cheiro e o gosto alterados, pois depende da quantidade de água armazenada nos reservatórios das casas.
Carvão ativado
A companhia informou, na segunda-feira (13), que o carvão ativado pulverizado que será aplicado no início do tratamento da água distribuída pelo Reservatório do Guandu passará a ser empregado a partir da próxima semana, e será em caráter permanente. A técnica será adotada para reter a substância geosmina.
Hélio Cabral pediu desculpas à população pelos transtornos ocorridos no sistema de abastecimento de água e reiterou que a geosmina não traz riscos à saúde.
Sobre a água turva relatada por moradores, que não é causada pela geosmina, Cabral disse que a água que sai de Guandu e é medida diariamente em 250 pontos, não apresentou turbidez. Segundo ele, a água de coloração turva apontada por moradores pode ter sido ocasionada por problemas como caixas d’água sem a limpeza necessária.
Witzel
Ontem (14), o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou, pelo Twitter, que determinou uma “apuração rigorosa tanto da qualidade da água quanto dos processos de gestão” da Cedae. Para o governador, são “inadmissíveis os transtornos que a população vem sofrendo por causa do problema na água” fornecida pela companhia.
Witzel disse, também pelas redes sociais, que a empresa deve acelerar uma solução definitiva para aprimorar a qualidade da água e do tratamento de esgoto das cidades próximas aos mananciais. “O consumidor não pode ser prejudicado”, afirmou.
(Agência Brasil)