•  sábado, 23 de novembro de 2024

Cai para 23% o número de empresas brasileiras que estão se preparando para a Indústria 4.0

Em 2017, 30% das empresas estavam adotando medidas para a revolução tecnológica

A implantação da indústria 4.0 no País está perdendo cada vez mais força, como mostra o relatório da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo o levantamento, desde 2017 houve uma queda de 30% para 23% no número de empresas que estão instituindo ações rumo ao desenvolvimento tecnológico. Além disso, apenas 3% dos empresários se sentem preparados para a quarta revolução industrial.

De acordo com o relatório, para o próximo ano, a expectativa dos empresário é que haja um crescimento de 1,7% nesse tipo de investimento. Para o economista e presidente-executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei), Paulo Castelo Branco, a indústria brasileira ainda está muito atrasada para os avanços da indústria 4.0 em relação à outras potências mundiais.

“A indústria 4.0 é apontada como a principal alternativa para o desenvolvimento tecnológico da indústria nacional, mas  muitos empresários ainda não sabem como implementar ações tecnológicas nas empresas e como esse desenvolvimento é importante para a competitividade da indústria brasileira no mercado mundial”, comenta Paulo Castelo Branco.

Dados da  Agência Brasileira de Desenvolvimento e Indústria (ABDI), apontaram que a quarta revolução industrial deve movimentar US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos. “O investimento em novas tecnologias pode trazer inúmeras vantagens para o nosso País como redução de custos, modernização  do nosso parque fabril, como a automatização dos processos que ajudarão no aumento da produtividade”, comenta o presidente-executivo da Abimei.

O relatório da Fiesp também apontou que a falta de recursos próprios, a não capacitação dos funcionários e a falta de conhecimento em relação ao custo benefício são um dos obstáculos para a implementação da indústria 4.0 no País. “O Brasil está expandindo seus acordos para a abertura comercial, mas precisa se atentar aos novos rumos da indústria para um maior crescimento da nossa economia”, comenta Paulo Castelo Branco.

Para estimular o crescimento da indústria nacional, a Abimei tem promovido e feito parte de diversas iniciativas do setor. Entre elas a redução das alíquotas dos impostos de importação, estratégia criada pelo Governo, que favorece a compra de equipamentos e ferramentas tecnológicas para aprimorar o desenvolvimento de produtos no Brasil.

 

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