•  domingo, 24 de novembro de 2024

Abertura do setor elétrico dá os primeiros passos para gerar 423 mil novos empregos por ano no Brasil

Segundo a Abraceel, a principal fonte desses novos postos de trabalho será a redução na conta de energia de 7 bilhões por ano para as novas empresas do ambiente de comercialização livre

O Brasil pode ganhar quase 430 mil novos empregos por ano com a reforma do setor elétrico. Esse dado está no Relatório Anual que a Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia) acaba de fechar sobre o setor. E o Senado Federal já deu o primeiro passo nesse sentido, quando foi aprovado, em primeiro e segundo turno, o projeto da portabilidade da conta de luz (PLS 232/2016) na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) no início desse mês.

Se o projeto concluir sua tramitação até julho de 2020, tendo em vista que determina a abertura total do mercado em até 42 meses, os consumidores do Brasil serão livres para escolher seu fornecedor de energia elétrica em 2024. A portabilidade da energia elétrica já é uma realidade em todas as economias mais avançadas do mundo. Na última pesquisa realizada pelo IBOPE, praticamente 80% dos entrevistados declararam o seu desejo de escolher livremente o seu fornecedor de energia elétrica.

O presidente da Abraceel, Reginaldo Medeiros, lembra que o mercado livre de energia poderia entregar uma economia de 12 bilhões por ano na conta de luz de 80 milhões de consumidores brasileiros. “Mesmo que a abertura atingisse hoje somente a parcela do setor produtivo que ainda está fora desse mercado, já haveria a possibilidade de uma redução de R$ 7 bilhões nessas contas corporativas e poderíamos gerar no Brasil algo em torno de 430 mil postos de trabalho”, diz ele.

Para Medeiros, o momento é extremamente positivo para a modernização do setor elétrico no Brasil. “Pelos sinais que acompanhamos do Senado, já estamos considerando a possibilidade de o Brasil conseguir de fato modernizar o setor elétrico até o final deste semestre. Essa é uma pauta de Estado e não de Governo, portanto quem ganha com a sua aprovação é o brasileiro.”, diz o presidente.

 

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