5 dicas para ser um empresário produtivo na quarentena
Os proprietários de pequenas empresas, presos entre dificuldades financeiras e riscos à saúde, precisam aprender a operar da maneira mais eficiente possível, na segurança do homeoffice. “Os empresários tendem a ser pessoas sociais, mesmo as introvertidas, mas não é possível administrar uma empresa sem conversar com parceiros, fornecedores, funcionários, prospects e clientes regularmente”, afirma Tathiane Deândhela, que é palestrante internacional e especialista em produtividade, marketing, negociação e liderança com formação em universidades como FGV, Harvard, Atlanta e Ohio.
Segundo a especialista, é fato que algumas empresas fecharão suas portas durante esta pandemia e nunca reabrirão. Outros enfrentarão a tempestade e se posicionarão para prosperar do outro lado. “Os empresários não podem controlar a data final da quarentena, mas podem controlar o que fazem enquanto isso”, explica Deândhela.
1) Delegar trabalho sempre que possível
A economia de tempo sem a necessidade de se deslocar é inegável, mas é fundamental que esse tempo “ganho” não seja desperdiçado em tarefas que distraem os objetivos reais. O trabalho administrativo, manutenção e contabilidade consomem uma energia valiosa que pode ser direcionada para áreas mais lucrativas.
2) Aperfeiçoe a arte da supercomunicação
No ambiente de trabalho físico, a convivência diária, as conversas entre as reuniões e a linguagem corporal compõem uma quantidade surpreendente de comunicação interpessoal. Sem essas muletas, é preciso dar mais atenção à estratégia regular de comunicação digital para manter a equipe, parceiros e clientes na mesma página. “Quando utilizamos a comunicação virtual é preciso encerrar todas as conversas com uma expectativa clara, reafirmando o que foi acordado como por exemplo: Então vamos iniciar o planejamento em duas semanas. Isso está correto? ”, sugere Deândhela.
3) Gerencie o estresse de um cronograma apertado e espaço de trabalho definido
Trabalhar em casa não muda apenas o espaço do escritório. A quarentena também muda a rotina matinal, como são feitos os intervalos para almoço e café, além de como encerra o dia. “Seguir uma rotina rígida para impedir pensamentos negativos ou diminuir a produtividade é fundamental. Eu sempre sugiro se vestir como se estivesse indo ao escritório para que o cérebro entenda que é dia de produzir e não de descansar”, afirma a especialista.
4) Defina metas de curto prazo e registre seus benchmarks
É possível criar um plano de três anos para o negócio, mas isso fica complicado quando ninguém sabe como será a economia daqui a um mês. Objetivos de curto prazo podem aliviar a ansiedade reprimida, fornecendo provas concretas de progresso como definir metas relevantes para as necessidades da empresa, estabelecer parâmetros de referência para medir esses objetivos e ajustar conforme a necessidade. “No cenário atual, é provável que a empresa não consiga atingir as metas conquistadas em 2019, portanto é fundamental criar desafios diários e semanais para fornecer mais contexto ao negócio e manter a energia concentrada em uma direção positiva”, diz Deândhela.
5) Quando você sair do trabalho, saia do trabalho
Os empresários estão estressados e desejam fazer absolutamente tudo para manter os negócios saudáveis, mas nada disso é possível se nunca se desconectar do trabalho e demorar um momento para respirar. É importante dedicar um tempo todos os dias para se afastar do trabalho, passar algum tempo com a família, fazer exercícios em outra sala, meditar, ouvir música ou ler um livro. “A empresa merece um gestor da melhor maneira possível, mas quando você se esforça ao ponto da exaustão, acaba ficando sem combustível. Não importa quão jovem você seja ou quanto se importe, você precisa dormir e descansar para ser o líder que sua empresa merece. Um dia, isso também passará. Esse dia não chegará neste mês ou no próximo, então não gaste o presente esperando ansiosamente pelo futuro. Aprenda a ser o seu eu mais produtivo em casa, para que você possa manter seus negócios avançando durante e após esta crise”, finaliza Deândhela.