Leishmaniose: campanha de conscientização acontece entre 5 e 10 de agosto
Entre o dia 5 e 10 de agosto a Prefeitura de Itupeva, por intermédio da Secretaria de Saúde e execução da Unidade de Vigilância de Zoonoses, promove a semana de prevenção, controle e conscientização sobre a leishmaniose visceral.
“Muitas pessoas às vezes não têm conhecimento sobre a doença e não sabe como agir caso se depare com um animal com a doença. Esse tipo de campanha é fundamental para orientar a população”, comentou a secretária de Saúde, Lúcia Checchinato.
Existem dois tipos de leishmaniose visceral: a canina e a humana.
“Esta que é uma das doenças parasitárias que mais mata no mundo, sendo uma das mais perigosas doenças tropicais negligenciadas. No Brasil, a forma de transmissão é através da picada dos vetores especialmente o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis infectados pela Leishmania infantum”, explicou Gilmara Breda, gerente da UVZ.
A leishmaniose visceral canina é uma doença grave para os animais. O cão doméstico é considerado um importante reservatório do parasita. Mas vale reforçar que a doença não é transmitida através das lambidas, mordidas e afagos. O contágio ocorre somente por meio da picada da fêmea do flebotomíneo.
Já a humana, não é transmitida de pessoa a pessoa e nem de animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada dos flebotomímeos fêmeas infectados. O parasita ataca o sistema imunológico e, meses após a infecção inicial, a doença pode evoluir para uma forma visceral mais grave, que é quase sempre fatal se não for diagnosticada e tratada precocemente.
Todos os cães infectados, mesmo aqueles sem sintomas aparentes, são fonte de infecção para o inseto transmissor, e, portanto, um risco à saúde.
As recomendações gerais são o uso de repelentes, evitar os horários e ambientes onde esses insetos possam frequentar e utilizar mosquiteiros de tela fina, telas de proteção nas janelas, evitar o acúmulo de lixo orgânico nos quintais, mantendo sempre limpas as áreas próximas às residências e os abrigos de animais domésticos.
Como detectar – A forma de detectar a infecção nos cães é somente por exames específicos de laboratório. Caso seja comprovado a doença no animal, a recomendação do Ministério da Saúde é a eutanásia. Se o tutor não autorizar esta medida, terá que assinar um termo se responsabilizando a cuidar do animal com aplicação da coleira anti-insetos e tratamento.
“O animalzinho deverá ser encaminhado a uma clínica veterinária e todo o procedimento que o médico veterinário fizer de comum acordo com o tutor do animal, deverá ser notificado, registrado e encaminhado ao setor de UVZ para que possamos manter o monitoramento do animal juntamente com o médico veterinário da clínica. O MS não recomenta o tratamento dos cães doentes de LV como medida de saúde pública”, acrescentou Gilmara.
Sintomas nos animais – Os sintomas mais comuns são apatia (desânimo, fraqueza e sonolência), perda de apetite emagrecimento, feridas na pele, principalmente no focinho, orelhas, articulações e cauda (que demoram a cicatrizar), descamação da pele, crescimento anormal das unhas e perda de pelos. Em fase avançada da doença, os animais apresentam aumento abdominal (“barriga inchada” por causa do aumento do fígado e do baço), problemas oculares (olho vermelho, secreção ocular), diarreia, vômito e sangramento intestinal.