•  sexta-feira, 22 de novembro de 2024
Educação participa de palestra com a jornalista Marie Ange Bordas em Cabreúva

Educação participa de palestra com a jornalista Marie Ange Bordas em Cabreúva

Cabreúva recebeu, no dia 4 de junho, uma visita ilustre: a artista plástica, educadora, fotógrafa e jornalista, Marie Ange Bordas. Com o tema: ‘Tecendo Quereres, Saberes e Fazeres no Território Vivo’, Mari palestrou no anfiteatro da EMEB Mário Faccioli, Centro, para uma plateia de gestores da Secretaria Municipal de Educação sobre a importância de envolver as crianças em sua cultura local, as convidando para compartilhar suas particularidades no processo de construção do conhecimento.

Artista multimídia, Marie trabalha na criação de projetos de arte e mídia, enfatizando o cruzamento de linguagens e poéticas para construir processos e obras colaborativas, empoderadoras e críticas, sempre adaptadas aos contextos, saberes e fazeres locais. É autora dos livros: ‘Manual da Criança Caiçara’ e ‘Histórias da Cazumbinha’. O projeto Tecendo Saberes busca valorizar e divulgar as culturas tradicionais brasileiras através do olhar de suas crianças. Em 2014 o projeto visitou as crianças de comunidades quilombolas do Baixo Amazonas (Pará) e do povo indígena Huni Kui do Rio Humaitá (Acre), para juntos criarem livros e DVDs que preservem e difundam seus saberes e fazeres.

“A palestra foi uma excelente oportunidade de conhecermos o trabalho dessa profissional tão cheia de cultura e conhecimento. Marie faz um trabalho extraordinário sobre a importância do estar junto e do vivenciar a cultura local. E é isso que queremos em nossas escolas, dar voz aos nossos alunos  para que também sejam multiplicadores da cultura local”, afirma a secretária de Educação Juliana da Purificação.

Marie Ange acredita na criação visual como ferramenta de construção e reconstrução de identidades individuais e coletivas. Ela propõe o exercício criativo a grupos em situação de fragilidade – como no projeto Deslocamentos, em que trabalhou no campo de refugiados de Kakuma, no Quênia – e outros que vivenciam situações provisórias, situações de espera que podem durar toda uma vida.

“Acho que a riqueza do resultado do meu trabalho se deve à abordagem da cultura caiçara a partir do cotidiano e da experiência de cada um, através da valorização das práticas, costumes e relações do dia-a-dia das próprias crianças. Não pretendemos impingir uma “tradição” imposta pelos mais velhos, exaltando apenas fatos, costumes e lendas passados, mas sim valorizar os saberes construídos no seu próprio cotidiano”, afirma a educadora.

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