Ação da Justiça é considerada um marco no ramo da cinotecnia brasileira
Pela primeira vez no Brasil, Justiça considera trabalho de cão farejador para definir sentença
Cão Max indicou que odor da menina foi identificado em chácara
O GCM Santos, condutor de Max, dá detalhes sobre o caso. “O que acontece é que o nosso cão apontou que tinha odor da menina Vitória na chácara onde o casal Bruno e Mayara morava. Isso significa que, de alguma maneira o cheiro estava lá, seja por uma roupa, por exemplo. O cão Max foi responsável em colocar o casal no crime, por mais que eles neguem esta acusação”, disse Santos.
Segundo a sentença do juiz Flávio Roberto de Carvalho, Bruno foi condenado a 36 anos e 3 meses. Já Mayara foi sentenciada a 36 anos pelo homicídio, sequestro e ocultação de cadáver com qualificadoras.
A ação da Justiça é considerada no ramo da cinotecnia brasileira como um divisor de águas. “Todo o trabalho feito pelo Max, sob minha condução, foi usado no relatório para a prisão preventiva e também na investigação. Desde o primeiro momento que começamos a trabalhar neste caso, senti que a delegada, o juiz e o Ministério Público depositaram confiança em nosso trabalho e em tudo o que o Max apontou. Isso nos deixa muito satisfeitos e com a sensação de dever cumprido”, acrescentou o GCM Santos.
Max está com 5 anos e 8 meses e já é famoso no Brasil. O cão se destacou por auxiliar na localização de pessoas desaparecidas em diversos municípios, como Mongaguá, Alumínio, Arthur Nogueira, bem como em cidades do estado de Minas Gerais e outras localidades.
O caso – Vitória Gabrielly Guimarães Vaz tinha 12 anos quando desapareceu, em 2018, após sair de casa para andar de patins, em Araçariguama. O corpo dela foi encontrado oito dias depois, no meio de um matagal e perto dos patins.
Três pessoas foram presas e indiciadas por homicídio doloso suspeitas de envolvimento no crime. Um quarto suspeito também foi preso e é investigado. O julgamento dele não foi marcado.