•  domingo, 24 de novembro de 2024

Trabalho desenvolvido pela Márcia teve como foco o vínculo com as famílias e as crianças

Educadoras da rede avançam de fase em prêmio sobre boas práticas durante a pandemia

Os projetos inscritos pelas educadoras Márcia Mendonça de Souza e Daniela Schincariol Ywami, das Emebs Paulo Gonçalves de Mello (jardim do Lago) e Professora Haydée Mojola (vila Hortolândia), avançaram para a segunda fase do prêmio Educação Infantil: Boas Práticas de Professores durante a Pandemia. A iniciativa é promovida pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, instituição renomada com foco no desenvolvimento infantil, e teve como preocupação valorizar os educadores e instituições de ensino que garantiram a continuação do ensino apesar dos desafios e limitações apresentados pela pandemia.

Para a seleção das primeiras 600 propostas inscritas, o prêmio avaliou a garantia de direitos das crianças, a garantia da aprendizagem e adaptabilidade e a criação de apoio e vínculos entre os professores, educadores e familiares. Outros princípios e valores foram levados em conta na seleção, como a ação conjunta entre a escola e a comunidade, a escuta ativa com as crianças e a articulação intersetorial dos agentes.

Para a gestora da Unidade de Gestão de Educação (UGE), Vastí Ferrari Marques, a indicação resulta do comprometimento dos educadores da rede. “O avanço dos projetos no prêmio Educação infantil revela o compromisso dos nossos educadores com a rede municipal de ensino e com a educação pública de qualidade. São projetos que consideram a infância potente e a criança enquanto cidadã, pensando em todos os nossos alunos, mas com atenção especial às que mais precisam, às mais vulneráveis”.

Para a professora Márcia, da Emeb Paulo Gonçalves, o foco do trabalho foi a criação de vínculos com as famílias. “Eu compreendi que para chegar de modo remoto às crianças era muito importante criar vínculos com as famílias. E elas, por sua vez, entenderam que eu seria uma mediadora de propostas que auxiliariam no desenvolvimento de seus filhos. Assim, a estratégia foi sugerir aos pais atividades da rotina, como a arrumação da mesa para o jantar e o preparo de uma sopa, por exemplo, além de músicas e contações de histórias, como propostas possíveis de realização. Muitos pais relataram a expectativa dos filhos, que aguardavam sentadinhos no cadeirão pelas atividades quando ia chegando a hora”, comemora. A unidade escolar tem 120 alunos do Berçário (de quatro meses a três anos).

Já a professora Daniela Schincariol, da Emeb Haydée, desenvolveu trabalho voltado à brincadeira entre seus alunos de cinco anos. “Tivemos a preocupação em desenvolver atividades que garantissem às crianças, ainda que isoladas em suas casas, o direito à brincadeira. Brincar é a principal linguagem desta faixa etária e um dos seis direitos de aprendizagem na Educação infantil. Assim, adaptamos as propostas ao novo formato, com a preocupação em relação à manutenção de vínculos entre os alunos e os educadores da escola. Trocamos fotos, cartas, vídeos e receitas, fizemos jogos e desenvolvemos arte e musicalização, em atividades sequenciais, em que os alunos realizavam e dávamos as respostas na sequência”. A Emeb atende cerca de 200 alunos de quatro e cinco anos (Educação Infantil 2).

Mulher sentada usando máscara, filmando outra mulher sentada e usando máscara lendo um livro colorido.
Daniela: a brincadeira como principal linguagem para as crianças

Há ainda duas etapas de avaliação e seleção final até o resultado das cinco práticas vencedoras, divulgado na segunda quinzena de março. Os educadores premiados irão receber um curso de aprofundamento curricular e mil reais para investir na prática inscrita.

O Prêmio tem como apoiadores a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Fundação Itaú Cultural, e como parceiros técnicos a consultoria ponteAponte e o Instituto Singularidades.

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