Vacina de Oxford é segura para idosos e gera resposta imune, diz estudo
Um estudo publicado pela revista científica “The Lancet”, nesta quinta-feira (19), mostrou que a vacina produzida pela Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca é segura e gerou “uma forte resposta imune” em idosos durante a fase 2 de testes. Esta é uma das quatro vacinas na fase 3 em testes no Brasil.
Em outubro, os resultados preliminares dos testes já haviam sido publicados. Mas com a publicação na revista os dados foram validados por outros cientistas, o que é chamado de “revisão por pares”.
Os testes da ChAdOx1 nCoV-19 (ou AZD1222) foram realizados em 560 voluntários. Entre eles, 240 participantes com mais de 70 anos de idade. Esta segunda fase dos testes é responsável pela verificação da segurança e capacidade de resposta de defesa da vacina.
De acordo com Maheshi Ramasamy, coautor do estudo, os resultados com os voluntários idosos é encorajador.
“As respostas robustas de anticorpos e células T vistas em pessoas mais velhas em nosso estudo são encorajadoras. Esperamos que isso signifique que nossa vacina ajudará a proteger algumas das pessoas mais vulneráveis da sociedade, mas mais pesquisas serão necessárias antes que possamos ter certeza.”
Testes de segurança e imunidade
Os 560 participantes da pesquisa foram divididos em 10 grupos e receberam o imunizante em dose baixa ou padrão. O grupo de controle recebeu uma vacina contra meningite.
Segundo os pesquisadores, os efeitos adversos da vacina foram mais comuns em adultos com menos de 55 anos. Portanto, a vacina da Oxford parece ser mais tolerada em pessoas que tenham mais de 56 anos. Ainda assim, os efeitos foram leves, como dor no local da aplicação, fadiga, dor de cabeça, dor muscular e febre.
Quanto à resposta imune da vacina, os resultados foram semelhantes em todas as faixas etárias estudadas, depois da aplicação da segunda dose. “As respostas de anticorpos foram induzidas em todas as faixas etárias e foi reforçada e mantida 28 dias após a vacinação de reforço, incluindo o grupo com 70 anos ou mais.”
Além disso, os pesquisadores também disseram que a falta de mais voluntários acima de 80 anos de idade e de pessoas com doenças crônicas foram limitações do estudo.
Atualmente, a vacina de Oxford está na terceira e última fase de testes na Inglaterra, Brasil, Índia, Estados Unidos e África do Sul.
Aqui, mais três candidatas à vacina contra a Covid-19 estão na fase 3 de testes: A norte-americana Pfizer/BioNTech, Sinovac (Coronavac) e a da Johnson & Johnson.
G1