•  domingo, 24 de novembro de 2024

Alunos de escola municipal do interior de SP ficam em 2º lugar em concurso da Nasa com produção de jornal

Alunos do 4º e 5º ano da Escola Municipal de Ensino Básico Prof. Flávio D’Angieri, de Jundiaí (SP), chamaram a atenção por produzirem um jornal para estudantes da própria escola e conquistaram o segundo lugar no Science Day Challenge, o maior evento de tecnologia para jovens e crianças da América Latina feito pela Nasa.

O resultado do concurso saiu no dia 2 de novembro e, apesar dos experimentos participantes serem relacionados à matemática, biologia, física ou química, o projeto de comunicação chamado “Pequeno Jornalista”, deixou a professora e jornalista Tatiana Rosa, responsável pela turma de 21 alunos, orgulhosa.

“Tudo foi feito por eles. O nome do jornal foram eles quem deram. Cada ideia de pauta surgiu deles. Cada um escolheu a sua própria pauta, e entendeu a importância da pesquisa, da seleção das informações, das fontes seguras. Então envolveu protagonismo, autonomia, leitura crítica, escrita e um amplo espaço de escuta e de fala”, disse a professora.

O Science Days é uma feira realizada pela National Aeronautics and Space Administration, a Nasa, pela Kennedy Space Center International Academy e a Câmara de Comércio Brasil-Florida (CCBF). A participação dos estudantes foi organizada pela Prefeitura de Jundiaí pelo segundo ano seguido, por meio da Unidade de Gestão de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (UGDECT).

A feira acontece em oito regiões diferentes no Brasil, além de estar presente também nos Estados Unidos, Holanda, Alemanha e Rússia. A inscrição da turma de alunos, que têm entre 10 a 12 anos, foi, na verdade, um convite da própria escola e da Unidade de Gestão de Educação (UGE) da cidade.

Tatiana explicou que trabalha como professora na Oficina de Comunicação e que, esta e outras oficinas (de capoeira, esportes, dança e teatro), fazem parte de um projeto piloto da UGE, que recebe alunos para participarem destas oficinas voluntariamente.

“Ou seja, ninguém era obrigado a ir. Os alunos interessados se inscreviam e voltavam para a escola para essas atividades. Cada dia, uma oficina diferente. Como eu sou jornalista também, eu quis que eles entendessem a importância da comunicação, a responsabilidade da imprensa, o seu papel social, o processo de construção de uma notícia”, disse.

Ela explicou que os alunos gostaram muito da ideia de desenvolver o projeto, que seria um jornal. O que envolveu o manuseio e a leitura de jornais, vídeos, passeios pela escola, entrevistas e muita troca de ideias entre eles.

Com a pandemia de coronavírus, veio também o isolamento e as aulas online. Porém, nada disso impediu o projeto de continuar a se desenvolver. Os alunos, segundo Tatiana, produziam em casa mesmo, enquanto ela diagramava o jornal.

“As entrevistas foram feitas antes da pandemia, por isso foi possível começar a retomar o trabalho remotamente. Foram poucas aulas, mas extremamente dinâmicas então rendia muito”, contou a professora.

Para uma das alunas envolvidas no Pequeno Jornalista, Sara Borges Silva, de apenas 10 anos, aprender a fazer um jornal foi uma experiência que ela jamais vai esquecer.

“Foi muito divertido. Eu fiz alguns amigos, aprendi coisas novas. Eu não sabia fazer um jornal, né? Então eu aprendi e ajudei a fazer tudo, eu pesquisei as informações, foi muito legal”, relembrou.

A produção rendeu tanto e foi tão divertida, que Sara contou que a turma já está pensando em pautas para a segunda edição do Pequeno Jornalista.

“Na primeira edição eu escrevi uma banda que eu gosto, na segunda edição vamos escrever sobre solidariedade e empatia”.

G1

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