Quando nos abalamos com a opinião dos demais, nos irritamos ou lamentamos por críticas direcionadas a nós, ou até mesmo deixamos que isso interfira em outras atitudes no futuro, estamos dando poder à outros sobre nossas decisões.

“Muitas situações, que se tornam até mesmo traumáticas, acontecem quando alguém próximo acaba não dando o retorno o que esperamos”, conta Claudia Deris, gestora de carreira.

Neste momento, é preciso se questionar: Quem dá poder e autoridade a opiniões destinadas a você e a sua vida? Quem coloca peso em cada palavra que invade seus ouvidos?

“Quem põe tais palavras no modo replay e passa anos da vida amargando cada frase ouvida como se estivesse revivendo incansavelmente a mesma situação? Infelizmente, somos nós”, esclarece.

A ausência da autoconfiança e o enfraquecimento do amor próprio fazem com que passemos a outros, gratuitamente, o bastão do poder das decisões e definições sobre nossa vida.

“Inúmeras pessoas possuem potenciais incríveis e habilidades peculiares, sem terem a menor ideia de sua real capacidade, por simplesmente estar à margem da definição dos outros sobre si mesmo”, relata Claudia.

O melhor caminho para se descolar deste peso que damos às opiniões alheias e aos moldes do ciclo social ao qual fazemos parte é ouvir o que vem de dentro: trabalhar a escuta interna.

Assumir o que de fato nos faz bem ou nos irrita, conhecer os limites e limitações, entender que somos únicos, destruindo definitivamente as portas das críticas e definições alheias que nos mantém no campo da infelicidade.

“É claro que esta mudança não ocorrerá do dia para a noite, isso demanda esforço, paciência, empenho e principalmente respeito consigo mesmo”, explica a gestora.

Comece pelo simples. Olhe no espelho pela manhã, se olhe nos olhos e se investigue; Assuma seu sim quando realmente quiser e tiver vontade de algo e a assuma seu não quando contrário for.

“Posicione seus valores e conceitos de forma agradável mesmo morrendo de medo de perder espaço, amigos ou elogios, visto que pior do perder o outro é perder-se de si mesmo”, finaliza.