•  sábado, 23 de novembro de 2024

Semana começa com céu encoberto e temperaturas em queda na cidade de SP; mínima pode chegar a 14°C na terça

Uma frente fria que chegou à cidade de São Paulo neste domingo (20) deve derrubar as temperaturas no início desta semana. Na terça-feira (22), a mínima pode chegar a 14°C e, por conta da chuva e do vento, a sensação térmica pode ser ainda menor.

A capital paulista teve céu encoberto, termômetros em declínio e sensação térmica inferior à real durante a madrugada. A temperatura média na cidade na noite de domingo foi de 15°C, segundo as estações meteorológicas automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura de São Paulo. A estação Marsilac, na Zona Sul, registrou 13°C.

Uma frente fria que chegou à capital neste domingo (20) deve derrubar as temperaturas no início desta semana. A mudança do tempo deve provocar chuvas generalizadas.

A segunda-feira (21) começa com tempo instável, chuvoso durante a madrugada, e com ventos que implicam em sensação de frio. A temperatura mínima prevista para a segunda é de 15°C e a máxima não supera os 17°C. Pode haver chuva de fraca intensidade durante todo o dia. As taxas de unidade se mantêm elevadas, acima dos 65%.

O cenário chuvoso com baixas temperaturas permanece na terça-feira (22), quando às 10h31 tem início a primavera. O primeiro dia da nova estação será marcado por chuva e sensação de frio em toda a Grande São Paulo. A mínima prevista é de 14°C de mínima e a máxima não supera os 17°C. A chuva persistente pode gerar pontos de alagamentos.

Apesar da previsão de chuva, o fenômeno da chuva escura, que ocorre quando nuvens de chuva encontram a fuligem das queimadas, não deve acontecer nos próximos dias na capital paulista. Segundo a meteorologista Helena Balbino, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há mais condições para o fenômeno acontecer por causa de ventos que vêm do oceano e da região Sul do país e chegam à capital.

Com as queimadas no Pantanal, que vive seu pior ano de incêndios, a fumaça chegou até São Paulo e se misturou com a nebulosidade. Na sexta-feira (18) e no sábado (19), o céu chegou a ficar alaranjado. A fuligem não veio apenas do Centro-Oeste, mas também das queimadas que ocorrem no interior do estado, explicou Alexandre Galvão, meteorologista do Climatempo.

Além da chegada de ventos oceânicos, que trazem umidade, uma frente fria vinda do Sul do país também neutraliza as chances da chuva preta na capital.

Chuva escura

 

Em 19 de agosto de 2019, o fenômeno da chuva negra ocorreu na cidade de São Paulo por conta de queimadas que ocorriam na Amazônia. Análises técnicas feitas por duas universidades mostraram que a água da chuva de cor escura coletada por moradores da capital continha partículas provenientes de queimadas. Nas redes sociais, moradores da Grande São Paulo postaram fotos da água da chuva escura.

O teste feito pelo Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) identificou a presença de reteno, uma substância proveniente da queima de biomassa e considerada um marcador de queimadas, na água da chuva coletada na segunda-feira.

Já o exame realizado pela Universidade Municipal de São Caetano (USCS) mostrou que a concentração de material particulado, ou seja, de fuligem, foi sete vezes maior do que a registrada na água de uma chuva normal.

Enquanto os pesquisadores da USP analisaram a identificação de reteno, que é um marcador de queimadas, a análise da USCS verificou quantidade de fuligem 7 vezes mais que o normal e a presença de sulfetos 10 vezes superior à média. A substância é proveniente da queima de combustíveis fósseis e queimadas.

G1
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