Entre os transportes, o gasto médio com o deslocamento urbano foi de R$ 43,98. Enquanto as famílias que abasteciam seu carro com gasolina gastavam, em média, R$ 206 por mês, as que optavam por abastecer com álcool desembolsavam R$ 30,79.
Na alimentação, também considerando a média de gastos, R$ 442,64 eram gastos por mês com refeição no domicílio, o que corresponde a, aproximadamente, 67% dos gastos totais com alimentos. Carnes, vísceras e pescados (R$ 89,48) somavam os itens de maior peso no valor total da alimentação, mais que o dobro do que era gasto com aves e ovos (R$ 33,60).
Já entre as despesas com saúde, a valor médio gasto com remédios (R$ 157,30) superava o com plano de saúde (R$ 103,99), enquanto as consultas e tratamento com dentista (R$ 20,90) ultrapassava os das consultas médicas (R$ 17,94). Com exames de saúde diversos, as família brasileiras gastaram, em média, R$ 12,62 por mês.
Entre os gastos com educação, os com cursos superiores (R$ 59,78) superavam os cursos regulares (R$ 59,72) como a educação básica. O valor gasto com livros didáticos e revistas técnicas R$ 14,82) superavam aqueles com periódicos, livros e revistas não didáticos (R$ 6,12).
Em média, as despesas de consumo mensal das famílias brasileiras foi de R$ 4.411,60. Cerca de 8% deste valor era gasto com o pagamento de impostos. As despesas com tributos somavam, inclusive, mais que os gastos com educação e apenas R$ 0,38 a menos que os com assistência à saúde.
Gasto com jogos, apostas e fumo maior que arroz, legumes e verduras
Ao analisar os tipos de despesas entre as famílias do país, o IBGE identificou que, em média, elas gastam por mês R$ 12,79 com arroz, enquanto desembolsam R$ 14,16 com jogos e apostas – uma diferença de quase R$ 2.
Chamou a atenção também o gasto com fumo, que foi, em média, de R$ 18,95 por mês – valor que supera em quase R$ 3 o gasto mensal com legumes e verduras (R$ 16,07), em R$ 4,10 o com previdência privada (R$ 14,85) e chega a ser maior, até mesmo, que com o pão francês (R$ 18,63), bem como os com sanduíches e salgados (R$ 18,29).
O IBGE observou que o gasto com jogos e apostas entre as famílias com acesso pleno e regular à alimentação de qualidade (R$ 11,60) é quase o dobro do desembolsado pelas famílias com algum tipo de restrição alimentar (R$ 6,76). A menor média de gastos (R$ 5,96) foi observada entre as famílias com insegurança alimentar moderada. Entre aquelas com restrição severa a alimentos, a média de gasto mensal com jogos e apostas foi de R$ 6,02.
Já em relação ao fumo, o IBGE apontou que as famílias em situação de fome são as que menos gastam com esse tipo de produto – em média, R$ 15,56. O maior valor de gasto com fumo foi observado entre as famílias com insegurança alimentar leve (R$ 18), seguido pelas famílias com insegurança alimentar moderada (R$ 17,51). As famílias com pleno acesso à alimentação apresentaram o segundo menor gasto com fumo – R$ 17,29, em média, por mês.
Na média, os brasileiros gastam mais com frutas (R$ 23,10) que com lanches (R$ 15,83) ou biscoitos (R$ 11,91). Também desembolsam mais dinheiro na aquisição de leite de vaca (R$ 14,47) que com queijos diversos (R$ 12,92).
Entre as bebidas, constatou-se que os gastos com refrigerantes por mês (R$ 12,06) superam em R$ 2,03 a média de gastos com cervejas e chopes (R$ 10,03), que é próximo ao valor gasto com café moído (R$ 9,92).
Quando o assunto é vestuário, a média de gastos com as roupas femininas (R$ 59,11) soma R$ 11,11 a mais que com as masculinas (R$ 48) por mês. Já em relação à higiene e cuidados pessoais, os gastos com produtos para o cabelo (R$ 17,83) somam mais que o dobro dos gastos mensais com sabonete (R$ 8,38).