Chadwick Boseman construiu carreira interpretando ícones da história dos EUA
O ator e produtor Chadwick Boseman construiu carreira interpretando ícones da história dos Estados Unidos. Entre eles, o primeiro juiz negro da Suprema Corte, Thurgood Marshall, e Jackie Robinson, jogador que quebrou a barreira para afro-americanos no beisebol, quando o esporte era dominado por atletas brancos, no fim da década de 1940.
Mas foi na pele do super-herói Pantera Negra que se consagrou como uma das principais estrelas de Hollywood. O filme, baseado no personagem negro dos quadrinhos norte-americanos de 1966, foi lançado em 2018 e se tornou um grande marco cultural por romper barreiras raciais.
Foi a primeira superprodução a estrelar um elenco majoritariamente negro e a ter um escritor e diretor afro-americano. O sucesso se traduziu na bilheteria: o faturamento mundial ultrapassou US$ 1,3 bilhão e entrou na lista dos filmes mais assistidos da década.
Diagnosticado em estágio avançado de câncer de cólon em 2016, Boseman desempenhou o papel do rei T-Chala, em Pantera Negra, enquanto enfrentava cirurgias e sessões de quimioterapia.
Após anos de batalha contra o câncer, morreu na noite desta sexta-feira (28), na casa em que morava, em Los Angeles, na Califórnia, rodeado de familiares.
Bosema partiu, mas a obra dele continua viva. Uma das últimas produções em que ele participou está disponível na Netflix: “Destacamento Blood”, dirigido por Spike Lee.
Ele também deixou um filme inédito que será lançado em 2021, “Ma Rainey’s Black Bottom”, sobre a história de uma das primeiras cantoras de Blues a gravar as próprias músicas nos Estados Unidos.
A personagem principal é interpretada pela atriz Viola Davis, que assim como outras celebridades, lamentou a morte do ator. No Twitter, ela escreveu: “Foi uma honra trabalhar ao seu lado, conhecer você. Descanse bem, príncipe… Que o voo dos anjos cante para o teu descanso sagrado”.