Esperando Orçamento e PIB, dólar sobe 1,5% bolsa opera em queda
A semana promete ser movimentada em Brasília, com impactos diretos na economia e no mercado financeiro. Para começar, o governo terá que entregar o Orçamento de 2021 ainda nesta segunda-feira (31), com a previsão de receitas e despesas da União para o próximo ano.
Entre os desafios para a formulação e a aprovação da proposta orçamentária, estão a regra do teto de gastos e a paralisação das comissões deliberativas no Congresso em razão da pandemia de Covid-19.
Também será anunciado, na terça-feira (1º), o resultado do PIB no segundo trimestre. É esperada uma contração recorde da economia nacional, podendo alcançar a marca de dois dígitos.
Neste compasso de espera, o dólar vai subindo em relação ao real nos primeiros negócios da semana. Às 12h30, a moeda americana avançava 1,56%, a R$ 5,4744.
Na última sessão, na sexta-feira, o dólar à vista registrou perda de 2,93%, a R$ 5,4156 na venda, sua maior desvalorização diária desde 2 de junho.
O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 12 mil contratos com vencimento em março e julho de 2021.
Lá fora, investidores também aguardam. “As bolsas americanas começaram a semana com leve viés de queda, aguardando vários indicadores como PMI e dados da indústria. O sentimento externo também impacta aqui”, diz Lucas Carvalho, analista da Toro Investimentos.
Acompanhando o movimento de correção e expectativa, o Ibovespa começou a semana em queda de 1,51%, aos 10.597,57 pontos.
Entre as poucas altas estavam a EDP Brasil (ENBR3), que subia 7,13%. A empresa viu seu lucro crescer em 25% no segundo trimestre. Entre as maiores quedas, a Eletrobras (ELET3) perdia 3,7% e o IRB Brasil (IRBR3) 3,8%.
Lá fora
O índice norte-americano S&P 500 operava perto de máximas recordes nesta segunda-feira, com apostas em uma recuperação econômica impulsionada pelo estímulo prolongado do Federal Reserve deixando a referência do mercado de ações dos EUA no caminho de registrar seu melhor agosto em décadas.
Às 12h40 (horário de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,96%, a 28.378 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,2%, a 3.498 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,48%, a 12.053 pontos.
Os índices acionários da China devolveram ganhos e fecharam em baixa nesta segunda-feira, pressionados por empresas dos setores financeiro e de saúde, depois que investidores realizaram lucros conforme os principais índices se aproximam de importantes níveis de resistência.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 0,58% depois de atingir durante o dia máxima de mais de cinco anos. O índice de Xangai teve perdas de 0,24%, sendo negociado pouco abaixo do nível mais alto em dois anos e meio atingido em meados de julho.
(CNN Brasil)