•  domingo, 24 de novembro de 2024

Flordelis reuniu familiares para planejar morte do marido, diz relatório

Após as fracassadas tentativas de matar Anderson do Carmo por envenenamento, a deputada federal Flordelis (PSD-RJ) reuniu membros da família, por mais de uma vez, para planejar outras formas de assassinar o marido. As reuniões tiveram a participação da pastora, de Simone, que é uma das filhas biológicas, e de outros familiares.

Os encontros foram relatadas por Daniel do Carmo, supostamente único filho biológico de Flordelis e Anderson, em depoimento à Polícia Civil. Daniel disse ter participado das reuniões no intuito de contar ao pai sobre os planos de assassinato, a fim de tentar evitar o crime.

Segundo consta no relatório da investigação conduzida pelo delegado Allan Duarte Lacerda, da Delegacia de Homicídios de Niterói, ao qual a CNN teve acesso, a já falecida mãe de Anderson, Maria Edna Virgínia, havia dito que Daniel lhe confidenciou que participou dessas reuniões e lhe avisou das intenções de assassinar o pastor Anderson.

A mudança de abordagem para executar Anderson do Carmo resultou na primeira tentativa de contratar uma pessoa para assassinar o pastor.

De acordo com os relatos de outra filha adotiva de Flordelis, Marzy da Silva, que esteve presente nas reuniões de planejamento do crime, um ex-policial militar e antigo namorado de Simone iria realizar o serviço.

Porém, em cima da hora, a ação foi suspensa, pois Luana, ex-nora da pastora, estava presente no local onde o crime aconteceria.

Depois do episódio, Rayane dos Santos, neta de Flordelis e filha de Simone, teria contratado um outro pistoleiro de aluguel, para matar o avô. O pistoleiro esteve na igreja de Flordelis para cobrar o valor acertado.

No entanto, a tentativa de executar Anderson também falhou porque, segundo o relatório da Polícia Civil, Anderson deixou a igreja em um carro diferente do habitual.

A terceira tentativa de contratar um bandido para matar Anderson se deu através de Marzy, filha adotiva de Flordelis, que tentou convencer, a mando da pastora, seu irmão adotivo, Lucas dos Santos, a cometer o crime.

Lucas recebeu uma oferta de R$ 10 mil para matar o pastor. Essa foi mais uma tentativa fracassada, já que Lucas recusou a proposta e, inclusive, contou à ex-chefe sobre a oferta.

Anderson do Carmo foi morto com mais de 30 tiros na garagem da casa onde morava com Flordelis e os filhos, em Niterói, no dia 16 de junho de 2019. O pastor tinha 42 anos e estava casado com a deputada havia mais de 20.

 

 

(CNN Brasil)

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