Três deles, inclusive, não fazem mais parte do plantel após desgaste com o clube e/ou falta de oportunidades. São os casos de Alexandre Pato, Anderson Martins e Everton.
Até o ano passado, eles eram vistos como jogadores importantes e que poderiam agregar não só dentro de campo, mas fora dele também. Com a chegada de Fernando Diniz, esse quadro mudou.
O atacante foi contratado no final de março do ano passado e chegou a ter uma sequência boa de jogos sob o comando de Cuca, sendo testado em diversas posições. Com Diniz, porém, ele disputou sete jogos em 2019 e ficou outros sete sem nem sequer sair do banco de reservas.
Em 2020, ganhou mais chances com o treinador e era um dos jogadores com mais partidas na temporada. No entanto, a eliminação custou caro a Pato, que passou a impressão de pouco comprometimento com o clube e caiu no esquecimento de Diniz.
Nos últimos dois jogos em que foi relacionado, o atacante não saiu da reserva e a situação incomodou tanto que ele entrou em acordo pela rescisão do contrato.
- Pato em 2019: 22 jogos e cinco gols (7 partidas com Diniz – nenhum gol)
- Pato em 2020: 13 jogos e quatro gols (não saiu do banco duas vezes)
O atacante não teve uma boa trajetória no São Paulo com Fernando Diniz muito pelas lesões. Em 2019, Everton foi desfalque nos 17 jogos sob o comando do treinador por conta de uma lesão no joelho.
Em 2020, Diniz utilizou o atacante como um 12º jogador. Nos cinco primeiros jogos da temporada, ele saiu do banco de reservas quatro vezes, mas não convenceu em nenhuma delas.
Contra o Guarani foi titular e fez gol. A insatisfação com as poucas chances, porém, fez o jogador ser envolvido na troca com Luciano.
- Everton em 2019: 31 jogos e dois gols (nenhuma partida com Diniz devido a uma lesão)
- Everton em 2020: 9 jogos e um gol (dois jogos de titular e em seis não saiu da reserva)
Dentre os três, o zagueiro foi quem mais perdeu prestígio após a contratação de Fernando Diniz. Se em 2019 ele disputou 22 jogos (apenas um com Diniz) e marcou um gol, em 2020 ele foi utilizado apenas três vezes e não saiu da reserva em outras 12 partidas.
Anderson Martins sentiu que não tinha mais utilidade para o elenco e pediu a rescisão contratual dias depois da eliminação para o Mirassol.
- Anderson Martins em 2019: 22 jogos e um gol (apenas uma partida com Diniz)
- Anderson Martins em 2020: três jogos (12 partidas sem sair do banco de reservas)
No elenco atual, outros jogadores vistos como essenciais no ano passado passaram a ter menos oportunidades sob o comando de Fernando Diniz. O caso mais em evidência neste momento é o de Hernanes.
No início da temporada, ele foi titular na ausência de Igor Gomes, que servia à seleção brasileira no pré-olímpico sub-23. Logo que o garoto retornou da competição, porém, Hernanes perdeu a vaga e viu ser aproveitado apenas nos finais dos jogos.
Em quatro jogos seguidos, por exemplo, ele teve menos de 10 minutos em campo e passou a se questionar se realmente era importante neste momento para o elenco. Isso o fez ter uma conversa com a diretoria sobre o seu caso.
Mesmo após decidir pela permanência no São Paulo, Hernanes ainda não teve chances de entrar em campo. Nos dois últimos jogos ele ficou na reserva, e Diniz explicou a situação em entrevista coletiva no último domingo.
– O Hernanes estava aqui conosco, ele foi relacionado para o jogo passado, hoje não achei que era um jogo para ele entrar. Ele está cada vez melhor e pode passar a jogar em qualquer momento. Está contribuindo muitos nos treinamentos, evoluindo, ele vem de uma lombalgia, aos poucos está retornando da melhor maneira – afirmou o treinador
Neste ano, Hernanes disputou 14 jogos, sendo sete como titular e outros sete como reserva. Em duas oportunidades ele não foi aproveitado.
Por fim, a zaga titular e praticamente incontestável de 2019 e início de 2020, composta por Bruno Alves e Arboleda, teve uma drástica mudança para o último duelo, diante do Sport, na Ilha do Retiro.
Após seguidas falhas do sistema defensivo, Fernando Diniz optou por iniciar o confronto com o zagueiro Diego, revelado nas categorias de base, e o lateral-esquerdo Léo improvisado.
Ainda não há uma confirmação de que ambos permanecerão no time principal no duelo contra o Athletico-PR, na próxima quarta-feira, às 19h, no Morumbi, mas a retirada de Arboleda e Bruno Alves dão sinais que eles também já não têm total prestígio com Diniz.
(globo esporte)