•  sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Medalhões perdem espaço no São Paulo com Diniz; entenda os casos

A pressão sobre o São Paulo desde a eliminação para o Mirassol, nas quartas de final do Paulistão, fez com que alguns dos jogadores mais consagrados do elenco perdessem ainda mais espaço com Fernando Diniz.

Três deles, inclusive, não fazem mais parte do plantel após desgaste com o clube e/ou falta de oportunidades. São os casos de Alexandre Pato, Anderson Martins e Everton.

Até o ano passado, eles eram vistos como jogadores importantes e que poderiam agregar não só dentro de campo, mas fora dele também. Com a chegada de Fernando Diniz, esse quadro mudou.

Alexandre Pato

O atacante foi contratado no final de março do ano passado e chegou a ter uma sequência boa de jogos sob o comando de Cuca, sendo testado em diversas posições. Com Diniz, porém, ele disputou sete jogos em 2019 e ficou outros sete sem nem sequer sair do banco de reservas.

Em 2020, ganhou mais chances com o treinador e era um dos jogadores com mais partidas na temporada. No entanto, a eliminação custou caro a Pato, que passou a impressão de pouco comprometimento com o clube e caiu no esquecimento de Diniz.

Nos últimos dois jogos em que foi relacionado, o atacante não saiu da reserva e a situação incomodou tanto que ele entrou em acordo pela rescisão do contrato.

  • Pato em 2019: 22 jogos e cinco gols (7 partidas com Diniz – nenhum gol)
  • Pato em 2020: 13 jogos e quatro gols (não saiu do banco duas vezes)

Everton

O atacante não teve uma boa trajetória no São Paulo com Fernando Diniz muito pelas lesões. Em 2019, Everton foi desfalque nos 17 jogos sob o comando do treinador por conta de uma lesão no joelho.

Em 2020, Diniz utilizou o atacante como um 12º jogador. Nos cinco primeiros jogos da temporada, ele saiu do banco de reservas quatro vezes, mas não convenceu em nenhuma delas.

Contra o Guarani foi titular e fez gol. A insatisfação com as poucas chances, porém, fez o jogador ser envolvido na troca com Luciano.

  • Everton em 2019: 31 jogos e dois gols (nenhuma partida com Diniz devido a uma lesão)
  • Everton em 2020: 9 jogos e um gol (dois jogos de titular e em seis não saiu da reserva)

Anderson Martins

Dentre os três, o zagueiro foi quem mais perdeu prestígio após a contratação de Fernando Diniz. Se em 2019 ele disputou 22 jogos (apenas um com Diniz) e marcou um gol, em 2020 ele foi utilizado apenas três vezes e não saiu da reserva em outras 12 partidas.

Anderson Martins sentiu que não tinha mais utilidade para o elenco e pediu a rescisão contratual dias depois da eliminação para o Mirassol.

  • Anderson Martins em 2019: 22 jogos e um gol (apenas uma partida com Diniz)
  • Anderson Martins em 2020: três jogos (12 partidas sem sair do banco de reservas)

Outros casos

No elenco atual, outros jogadores vistos como essenciais no ano passado passaram a ter menos oportunidades sob o comando de Fernando Diniz. O caso mais em evidência neste momento é o de Hernanes.

No início da temporada, ele foi titular na ausência de Igor Gomes, que servia à seleção brasileira no pré-olímpico sub-23. Logo que o garoto retornou da competição, porém, Hernanes perdeu a vaga e viu ser aproveitado apenas nos finais dos jogos.

Em quatro jogos seguidos, por exemplo, ele teve menos de 10 minutos em campo e passou a se questionar se realmente era importante neste momento para o elenco. Isso o fez ter uma conversa com a diretoria sobre o seu caso.

Mesmo após decidir pela permanência no São Paulo, Hernanes ainda não teve chances de entrar em campo. Nos dois últimos jogos ele ficou na reserva, e Diniz explicou a situação em entrevista coletiva no último domingo.

– O Hernanes estava aqui conosco, ele foi relacionado para o jogo passado, hoje não achei que era um jogo para ele entrar. Ele está cada vez melhor e pode passar a jogar em qualquer momento. Está contribuindo muitos nos treinamentos, evoluindo, ele vem de uma lombalgia, aos poucos está retornando da melhor maneira – afirmou o treinador

Neste ano, Hernanes disputou 14 jogos, sendo sete como titular e outros sete como reserva. Em duas oportunidades ele não foi aproveitado.

Por fim, a zaga titular e praticamente incontestável de 2019 e início de 2020, composta por Bruno Alves e Arboleda, teve uma drástica mudança para o último duelo, diante do Sport, na Ilha do Retiro.

Após seguidas falhas do sistema defensivo, Fernando Diniz optou por iniciar o confronto com o zagueiro Diego, revelado nas categorias de base, e o lateral-esquerdo Léo improvisado.

Ainda não há uma confirmação de que ambos permanecerão no time principal no duelo contra o Athletico-PR, na próxima quarta-feira, às 19h, no Morumbi, mas a retirada de Arboleda e Bruno Alves dão sinais que eles também já não têm total prestígio com Diniz.

(globo esporte)

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