•  domingo, 24 de novembro de 2024

Dólar sobe e fecha a R$ 5,49 nesta segunda-feira

O dólar fechou em alta acentuada nesta segunda-feira (17) com ruídos sobre possível saída de Paulo Guedes do Ministério da Economia no radar dos investidores.

A moeda norte-americana subiu 1,21%, a R$ 5,4950. Veja mais cotações. Na máxima da sessão, chegou a R$ 5,5146. É o maior patamar de fechamento desde 22 de maio (R$ 5,5842).

No mês, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 5,33%, e no ano, de 37,04%.

O Banco Central realizou leilão de até 12 mil contratos de swap cambial e distribuídos entre os vencimentos 1º de março de 2021 e 1º de julho de 2021.

A decisão sobre a rolagem de contratos de swap cambial tradicional com vencimento em outubro foi anunciada na quarta-feira, após o BC retomar ofertas líquidas desses ativos pela primeira vez em cerca de três meses.

Cena local e externa

Na cena externa, o dólar recuou frente a outra moedas à medida que os investidores ficaram aliviados por um atraso na revisão do pacto comercial EUA-China que deixou o acordo inicial intacto.

Segundo Fernanda Consorte, estrategista de câmbio do banco Ourinvest, um fator positivo para o real nesta segunda-feira era a notícia de que o banco central da China forneceu mais empréstimos de médio prazo ao sistema financeiro.

Enquanto isso no Brasil, vários analistas citaram boatos sobre uma possível saída de Paulo Guedes do Ministério da Economia como responsável pela forte volatilidade apresentada na sessão, destacou a agência Reuters.

Os rumores elevavam a tensão no mercado local, que já sofreu este ano devido a incertezas políticas, principalmente depois da saída de Sergio Moro – considerado um pilar do governo Bolsonaro – do cargo de ministro da Justiça. Em 2020, ainda em meio a um ambiente de juros extremamente baixos, o dólar acumula alta de 35% contra o real.

Os economistas do mercado financeiro reduziram mais uma vez a previsão para o tombo Produto Interno Bruto (PIB) de 2020, revisando a estimativa de uma redução de 5,62% para 5,52%, segundo o boletim Focus do Banco Central. Essa foi a sétima semana seguida de melhora do indicador. O governo estima que o PIB vai contrair 4,7% este ano. O IBGE divulgará os dados sobre o segundo trimestre em 1º de setembro.

Já a estimativa de inflação para 2020 foi elevada de 1,63% para 1,67%. Após a queda para a mínima histórica de 2% ao ano na semana passada, o mercado segue prevendo manutenção da taxa básica de juros da economia, a Selic, neste patamar até o fim deste ano.

Para a taxa de câmbio, a projeção para o valor no fim de 2020 continuou em R$ 5,20. Para o fechamento de 2021, ficou estável em R$ 5 por dólar.

(G1)
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