São Vicente tem redução de 35,16% na média móvel de óbitos dos últimos 14 dias em Jundiaí
Por meio de uma comissão interna, o Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV) tem conduzido de forma estratégica e humanizada todas ações relacionadas ao atendimento de pacientes de Jundiaí e região durante a pandemia do novo coronavírus. Diariamente a equipe se reúne para tomada de decisões que visam a melhor gestão de leitos, tratamentos, protocolos, readequações e medidas emergenciais. Nesta semana o grupo constatou um cenário otimista, no qual a média móvel diária de óbitos teve redução de 35,16% entre os dias 21 de julho – quando o índice era de 5,29, e 05 de agosto – cujo índice foi de 3,43.
A média móvel é calculada em cima do número de mortes registradas diariamente dentro de um período equivalente a 14 dias. Especialistas consideram a operação a mais adequada para observar a tendência das estatísticas, por equilibrar as variações abruptas dos números no decorrer do período. “Para que seja possível falar em aumento ou queda, é necessário que haja uma variação superior a 15% e nós superamos este índice”, diz o superintendente do HSV, Matheus Gomes.
A expectativa é positiva, porém, ainda não se deve relaxar com os cuidados. “Há uma forte tendência a redução dos óbitos por covid-19, mas isso não significa que a população deva relaxar. Todos os cuidados devem e precisam ser mantidos para que no futuro este índice possa finalmente ser zerado”, explica.
Outro ponto importante que merece destaque é a redução no número de internações semanais, que há quatro semanas consecutivas tem tido redução. Entre junho e julho o HSV atingiu o chamado “platô”, ou seja, uma espécie de estabilização no número de novos casos, que chegou a picos de 99 novas internações a cada semana. Este período durou cinco semanas. Até que se deu início à regressão. Consecutivamente com 81 internações, 73, 63 até chegar a 52 conforme dados mais recentes.
O superintendente do HSV explica que todos os dados sempre são analisados com muito cuidado, a fim de que não haja interpretações antecipadas e que podem interferir na tomada de decisões. “Para que as informações sejam consistentes, no caso da evolução da doença, é preciso que ela se repita por pelo menos quatro ou mais semanas, assim temos maiores chances de assertividade, baseadas em evidências”, afirma. “A análise é feita sob diversos aspectos, por isso conta com um time multidisciplinar, que engloba equipe médica, assistencial e administrativa”, salienta. “Além disso, todo o trabalho realizado por nossa comissão interna é acompanhado de perto pelo Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus (CEC) e pela gestão municipal de saúde de Jundiaí”.