Neurofilósofo mostra como ‘alimentar’ o cérebro para aprender e produzir mais
Fabiano de Abreu ensina que experimentar o novo ajuda a desenvolver capacidades cerebrais
Mais do que isso, ele encoraja as pessoas de todas as idades a tentarem, “Durante muito tempo se pensava que o cérebro era um circuito fechado incapaz de sofrer alterações, porém, estudos comprovaram que o cérebro tem notável capacidade de se expandir, de se regenerar, mesmo na idade adulta”, afirma Fabiano.
Alimentar o cérebro
Fabiano integra a Mensa – mais antiga sociedade de alto QI do mundo, com sede na Inglaterra. Ele afirma, no entanto, que qualquer pessoa pode exercitar o cérebro, não precisa ter um QI acima da média. Uma das técnicas é experimentar o novo constantemente e repetí-lo, um exemplo é desempenhar de uma nova maneira uma tarefa cotidiana constantemente. Dessa forma, Fabiano explica que evitar a rotina e tarefas mecânicas, que não exijam raciocínio, é fundamental. “Quando experimentamos algo novo, em minutos ou horas se forma uma nova espinha dendrítica em busca da extremidade de um axônio próximo. Na semana seguinte, se forma uma sinapse funcional que estabiliza a informação, mas o contrário também pode acontecer, as espinhas dendríticas encolhem, eliminam as sinapses e a memória se perde, ou seja, quando experimentamos algo novo, criam-se novas conexões, reforçamos e aumentamos o cérebro. Já quando estamos e vivemos no automático, o encolhemos”, explica.
Para quem pensa que isso é distante de sua realidade, Fabiano conta que ler e aprender é importante, aprender algo novo constantemente é excelente. “Não tem nada melhor do que a plasticidade através do conhecimento, da leitura. Somado a isso, é preciso fazer exercícios físicos e ter uma alimentação balanceada para o equilíbrio da microbiota intestinal para uma melhor liberação de hormônios e de neurotransmissores sem a necessidade de suplementos ou medicamentos que possam criar dependência”, finaliza.